Mais de 90% dos professores da Ufal paralisaram suas atividades

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Mais de 90% dos professores da Ufal paralisaram suas atividades. É a avaliação que fazem os integrantes da Comissão Local de Mobilização (CLM) da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes SN) sobre a paralisação dos docentes nesta quinta-feira (10), após percorreram pela manhã e à tarde quase todas as 21 Unidades Acadêmicas do Campus A. C. Simões, onde funcionam 53 cursos da instituição. Os professores dos campi de Arapiraca e do Sertão estão em período de recesso acadêmico.

Segundo a CML da Adufal, professores de Unidades como a Faculdade de Letras (FALE), Instituto de Física (IF) Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema), Faculdade de Economia e Contabilidade (FEAC), Centro de Educação (CEDU), Faculdade de Medicina (Famed), Escola de Enfermagem (Esenfar), Faculdade de Nutrição (Fanut), Faculdade de Serviço Social (FSSO) e Faculdade de Odontologia (Foufal) paralisaram totalmente suas atividades.

“Eventos programados anteriormente como a inauguração da nova sede da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) foram realizados. Convidada, a Adufal se fez presente, prestigiando o evento e a CML da entidade aproveitou a ocasião para distribuir panfletos informativos sobre o movimento”, informou a diretora da entidade e membro da CLM da Adufal Margarida Santos, professora da FSSO.

A maioria dos docentes de Centro de Tecnologia (Ctec), segundo o diretor da Unidade, professor Luciano Barbosa dos Santos, aderiu à paralisação. “Porém, cerca de 100 professores e estudantes participaram do Workshop de Monitoramento Molecular Ambiental, no espaço físico do LCCV [Laboratório de Computação Científica e Visualização] do Ctec”, disse, explicando que o evento já estava programado bem antes de ser confirmada a paralisação.

Conforme o integrante da CML, Tiago Leandro, do CEDU, alguns professores de cursos como o de Comunicação Social, Química, Psicologia e Matemática ministraram aulas. “Pouquíssimos docentes estiveram em sala de aula. Isso mostra que os professores estão conscientes de que a luta e a direção do movimento é acertada”, deduziu. Enquanto visitava as salas de aula, o professor fez fotografias. “Contra foto não há argumentos: a maioria aderiu a paralisação”, disparou.
O diretor de Política Sindical da Adufal, professor Antônio Passos, avalia que a paralisação foi vitoriosa. “Os 90% de adesão mostra a força e unidade da categoria, e isso é de extrema importância nesse momento em que o Andes-SN volta a sentar à mesa de negociação com o governo.

Em campanha salarial unificada com os demais servidores públicos federais (SPF’s), os professores têm uma pauta nacional de reivindicações específicas do setor e estão dispostos a iniciar negociação com o Poder Executivo sobre a reestruturação da carreira docente a partir de questões conceituais e não apenas com apresentação de tabelas e mais tabelas como o governo fez em 2012, causando o aprofundamento da desestruturação da carreira.

A categoria reivindica também, entre outros pontos, valorização salarial de ativos e aposentados com uma única linha no contracheque (unificando vencimento básico e retribuição por titulação); melhores condições de trabalho e a autonomia da universidade. São contra a entrega dos hospitais universitários à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e contra o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), previdência privada que submete docentes e demais servidores que atualmente ingressam no serviço público federal ao risco das intempéries do mercado financeiro.

À administração central da Ufal, os professores reivindicam itens como laboratórios, salas de permanência, material didático-pedagógico, conclusões das obras de infraestrutura; carga horária que garanta o exercício das atividades acadêmicas, levando em conta os princípios de pesquisa, ensino e extensão que norteiam a universidade brasileira e garantia de afastamento dos docentes para qualificação profissional, de acordo com a Lei em vigor.

Fonte: Adufal

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