Veículos apreendidos pela DRN
A calçada da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN) aos poucos está se transformado em um depósito de veículos apreendidos. Trata-se de veículos usados por traficantes para transportar droga no território alagoano. No total são 14 carros – em sua maioria – fruto de roubo ou furto que estão à disposição da Justiça.
Apesar do receio de que a DRN se torne um cemitério de veículos, como ocorre com a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, localizada no Pontal, o delegado titular, Ricardo Menezes, encontrou uma solução interessante para driblar o problema. Como o trabalho da DRN requer investigação diuturna, o delegado solicitou à Justiça a liberação para utilização dos veículos como viaturas descaracterizadas. “O uso deles é muito importante para nós. Temos a vantagem de fazer várias investigações utilizando carros diferentes” disse Menezes em entrevista à Rádio Pajuçara.
O delegado destaca que o número de apreensões de veículos mostra a força do tráfico de drogas em Alagoas, o aumento de roubos e furtos de veículos, mas também mostra que a há repressão por parte da Polícia. “Quando fazemos abordagens em veículos suspeitos e encontramos a droga escondida, consideramos que este veículo tem envolvimento com o tráfico”, explicou o delegado.
O delegado informou ainda que já está conversando com o Detran e outras secretarias para decidir que providências serão adotadas.
Avanço do tráfico
O delegado alega que Alagoas não é produtora de drogas, porque não há registros de refino no Estado, no entanto, é destino e rota de drogas. “O tráfico envolve muitos outros crimes. Os assaltos a bancos, por exemplo, são realizados para financiar o tráfico. Esses carros chegam a Alagoas contendo grandes quantidades de drogas e acabam sendo pulverizados. Ou seja, a droga é dividida em outros veículos e espalhadas pelas cidades”, revelou Menezes.
Ainda segundo o delegado, o crack tem sido a droga mais utilizada pelos alagoanos. Para os traficantes o transporte, o investimento e o retorno financeiro são melhores que a comercialização de maconha e outras drogas.
