Programa desperta a prática da pesquisa em escolas alagoanas

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Maceió está sediando, nesta quinta (22) e sexta-feira (23), um evento que dá o pontapé inicial a um programa piloto que pretende transformar a realidade do ensino básico por meio de incentivo à pesquisa nas escolas, envolvendo os Arranjos Produtivos Locais (APLs). A Oficina de Formação em Elaboração de Projetos de Pesquisa-Ação Articuladas com APL acontece no Hotel Radisson, das 8h às 18h, reunindo todos os agentes envolvidos na iniciativa, inclusive os professores que atuam no interior de Alagoas.

Com investimento total de R$ 3 milhões, o Programa de Formação Continuada de Professores em Pesquisa-Ação para Melhoria da Qualidade da Educação Básica Articulada com os Arranjos Produtivos Locais (EB-Capes) será implantado em dez unidades educacionais da rede pública e é desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O EB-Capes é focado, entre outras coisas, na valorização do professor e na interdisciplinaridade, de forma que as pesquisas em sala de aula se tornem realidade e possam contribuir para melhorar o cotidiano das comunidades como um todo. Nesse primeiro dia de evento, o presidente do Conselho Nacional de Educação, José Fernandes de Lima, reconheceu a iniciativa da Fapeal e destacou a importância do programa para elevar os índices educacionais do Estado.

Ações integradas
Incluído no eixo 2 do Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas, o programa pretende despertar não somente os professores, mas também os alunos para o fato de que a pesquisa-ação pode ser implementada bem antes do ingresso na universidade, colaborando para que as habilidades básicas dos alunos possam ser transformadas em iniciativas empreendedoras.

“Creio não existir uma ‘única solução’ para o processo de busca de qualidade na educação básica, mas certamente um dos pilares para essa qualificação é a formação continuada dos nossos docentes. O projeto piloto EB Capes Fapeal busca introduzir a pesquisa-ação como ferramenta cotidiana das aulas, tendo como base todo o universo de conhecimento tácito existente nos arranjos produtivos no entorno das escolas que, consequentemente, fazem parte do cotidiano de alunos e professores”, afirmou a diretora presidente da Fapeal, Janesmar Cavalcanti.

Além de contribuir para a elevação dos índices de educação básica através de ações integradas, o programa tem o intuito de promover uma integração entre os pesquisadores das universidades, professores e alunos das escolas públicas selecionadas e os integrantes dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de diversos municípios alagoanos.

“O programa conduzido pela Fapeal e Capes permitirá trocas entre pesquisadores e alunos das licenciaturas com os professores e alunos da educação básica, além de proporcionar aos sujeitos da pesquisa oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar, envolvendo dez escolas públicas e APLs nas diversas regiões do estado de Alagoas que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem”, contou o professor doutor Luis Paulo Leopoldo Mercado, coordenador pedagógico do EB Capes, ressaltando que essa articulação é inovadora.

Estímulo ao empreendedorismo
Para o representante da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Adeilto Lima, que trabalha com os APLs, o EB-Capes é o primeiro programa em Alagoas que começa a buscar a sustentabilidade por meio da educação. “É fundamental que as escolas públicas assumam o desafio de trabalhar o empreendedorismo. Com esse programa, os alunos vão poder desenvolver habilidades até então não trabalhadas nas escolas. Eles terão a oportunidade de transformar as competências básicas em competências empreendedoras”, destaca.

A rede de agentes que integram o programa é grande. No total, são 50 professores da educação básica, 600 alunos das unidades de ensino, dez consultores na área de Arranjos Produtivos Locais (APLs), dez professores – mestres e doutores –, 250 licenciandos vinculados a Instituições de Ensino Superior (IES) e três pesquisadores assessores, membros do Comitê de Acompanhamento e Avaliação do Programa.

O professor de Matemática do município de Lagoa da Canoa, Manoel Gomes da Silva, de 37 anos, tem grandes expectativas. “Esse programa vai incentivar os alunos na construção dos projetos e na melhoria da realidade deles. Será um aprendizado mútuo, uma troca de experiências, onde o professor vai ficar mais estimulado porque vai ver o interesse e o crescimento dos alunos. A integração com os APLs vai trazer a melhoria da região”, concluiu Manoel, que leciona na Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição.

Fonte: Assessoria

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