Delegada ouve parentes de acusada de alugar filhas para rede de pedofilia

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A delegada Mariana Amorim, titular da delegacia de Itaporanga D’Ajuda, em Sergipe, deu início, nesta quinta-feira, 17, aos depoimentos de parentes da acusada de alugar as quatro filhas para um rede de pedofilia da cidade.

As meninas são alagoanas, mas moravam com a mãe em Itaporanga D’Ajuda, após a separação dos pais. Durante o tempo que passaram em companhia da acusada, as garotas de 6, 7, 9 e 11 anos eram submetidas a abusos sexuais por um grupo, formado por 10 homens.

Sobre o caso, a delegada Mariana Amorim informou que a avó e tia da acusada foram ouvidas. Amorim espera ainda pelo relatório que será encaminhado pela Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente de Alagoas, referente às investigações.

Em relação a um possível pedido de prisão temporária para a mãe das crianças, a delegada limitou-se a informar que a mulher já foi identificada.

A denúncia

A denúncia de abuso sexual foi feita esta semana ao Conselho Tutelar da área do Tabuleiro do Martins, em Alagoas, pelo pai das meninas. O conselheiro tutelar, Fernando da Silva, informou ao Alagoas24Horas, nesta tarde, que o relatório sobre o caso foi encaminhado hoje à delegada Mariana Amorim.

"Conseguimos enviar à delegada o relatório com o caso e o depoimento das meninas. O papel do Conselho Tutelar já foi feito. Agora, ficaremos acompanhando a família e o andamento do inquérito. Também estamos interagindo com o Conselho Tutelar de Itaporanga D’Ajuda, que informou que o índice de abuso sexual é absurdo. Somente este mês, foram registrados 39 casos. O número é alto para uma cidade do interior", informou o conselheiro.

Entenda o caso

Na última segunda-feira, 14, o pai e a avó paterna das meninas estiveram no Conselho Tutelar da 7ª Região para denunciar que as garotas eram alugadas pela mãe a uma rede de pedofilia.

Na oportunidade, a avó das crianças contou ao Alagoas 24 Horas que em janeiro 2012 as meninas vieram de férias a Maceió e relataram, primeiramente, agressões. Ao terminar o período de férias, elas voltaram para Itaporanga D’Ajuda. Em dezembro do mesmo ano, as meninas voltaram a capital alagoana e a garota de 11 anos contou que estava sendo abusada pelo namorado da mãe.

Com isso, foram realizados os exames de conjunção carnal, que confirmaram à violência sexual. A família prestou queixa sobre o caso e as meninas não voltaram mais para Itaporanga D’Ajuda. As barbaridades em que as garotas foram submetidas só foram contadas por elas aos poucos.

Em conversa com a imprensa, a garota de 11 anos contou detalhes sobre a violência sexual. "Na madrugada, ela (mãe) nos chamava e a gente entrava em uma caminhonete e íamos para uma mata, onde tinha uma casa. Eram 10 homens para 10 crianças. No local, a gente era abusada, batiam na nossa cara e empurravam. Com a menor, faziam xixi no rosto dela e pediam para lamber o ‘pipi’ dele. Passávamos o dia todo lá e eram os mesmos homens", contou a garota.

A menor também acusa o padrasto de participar os abusos sexuais. "Era sempre o namorado da minha mãe com a quadrilha toda. Eu nunca reclamei com ela (mãe) porque se eu falasse ia me bater. Ela dizia para eles que abusar podia, só não matar. Ficamos nesta situação oito meses", completou a menor.

Além disso, a menina disse que as crianças recebiam anestesia local antes do ato sexual e teriam presenciado o assassinato de outra garota por ter recusado manter relações sexuais de um dos integrantes desta rede de prostituição.

Fonte: *Com Infonet

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