‘Tenho medo, mas preciso ficar’, conta padre brasileiro que atua em Gaza

Mário da Silva, missionário nascido em São Paulo, trabalha em Gaza já há dois anos.

Richard FurstO padre brasileiro Mário diz que é necessária a permanência dele em Gaza

O padre brasileiro Mário diz que é necessária a permanência dele em Gaza

O missionário paulista Mário da Silva trabalha em Gaza há dois anos como padre católico. Fora de lá há um mês para um congresso nos EUA, o religioso chegou de volta há uma semana.

— Eu soube que os 30 brasileiros que aqui estavam têm deixado Gaza, mas sinto que preciso ficar. Durmo num quartinho entre a igreja e a escola porque me disseram que é seguro. Tenho medo, mas já sabia que iria acontecer a qualquer momento — disse o padre , membro de uma congregação argentina cujo lema é “ir aonde ninguém quer”, presente em lugares como Gaza e Sibéria.

Lá vive, ainda, o padre argentino Jorge Hernández, mencionado em carta da presidente Cristina Kirchner, que exigiu de Israel a segurança do missionário. Recentemente, a missa rezada pelos dois padres latino-americanos para a despedida de freiras que vão deixar Gaza foi feita com gerador de energia. A praça estava às escuras, e os carros nas ruas eram poucos. Durante o ano, Gaza só recebe energia elétrica oito horas por dia. Na guerra, chegou a ficar quase sem energia.

Fonte: O GLOBO

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