Governo quer programa para elevar investimento em banda larga

Estimativa é que setor precise de R$ 100 bilhões nos próximos 10 anos. Medida visa modernizar e ampliar rede de transmissão de dados no país.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira (6) que o governo prepara um programa para incentivar as empresas a aumentar seus investimentos em infraestrutura voltada para a banda larga no Brasil.

Na avaliação do governo, serão necessários R$ 100 bilhões nos próximos dez anos para garantir o atendimento à demanda pelo serviço no país – o dobro do que é investido atualmente. Esse montante servirá para viabilizar a expansão da rede de banda larga e a substituição de cabos de cobre por fibra ótica, que permite internet mais rápida.

De acordo com Bernardo, a expansão da rede de banda larga no país é uma determinação da presidente Dilma Rousseff. “É preciso fazer isso, a presidente tem nos cobrado e o governo está assumindo o desafio de desenvolver um programa que vai achar um modelo para estimular o crescimento dessa infraestrutura”, disse o ministro.

Segundo ele, se o investimento no setor não for elevado – e distribuído pelo país –, o acesso à banda larga de qualidade e com preços menores vai continuar restrito apenas aos grandes centros urbanos do país.

“A verdade é a seguinte: se continuar nesse ritmo, vamos ter uma intensificação da concorrência e uma infraestrutura condizente com a demanda nas partes mais ricas das regiões metropolitanas, e as áreas mais carentes vão ficar sem investimento”, disse ele.

O ministro informou que ainda não foi definido o modelo do programa. Entre as opções em estudo está a divisão dos investimentos necessários entre o governo e empresas do setor de telecomunicações.

Para garantir a participação do setor privado no programa, disse ele, podem ser abertas linhas de financiamento via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outra opção em estudo é usar os chamados bens reversíveis, como prédios e estruturas para prestação do serviço que as concessionárias de telefonia fixa terão que devolver ao governo ao fim de suas concessões, para remunerar as empresas pelos investimentos.

Fonte: G1

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