Adalberon de Moraes é acusado de ser autor intelectual na morte de professor
O segundo dia do julgamento dos acusados de matar o professor Paulo Bandeira, crime que está sendo julgado após dez anos, foi marcado pela apresentação do ex-chefe de gabinete do então prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes, Marcelo dos Santos, que era considerado foragido da Justiça. Marcelo se apresentou ao juiz John Silas na companhia de um defensor público.
Mas o grande acontecimento o dia foi mesmo o depoimento da ex-diretora da Escola Professora Josefa Silva Costa, Nanci Lopes Pimentel, que chegou a ser acusada de participação no assassinato, mas não foi pronunciada pelo Ministério Público. Em depoimento, Nanci confirmou que repassou os horários das aulas do professor Paulo Bandeira ao ex-chefe de gabinete Marcelo dos Santos, a pedido de Adalberon de Moraes.
A ex-diretora confirmou ter tido discussões com Paulo Bandeira, mas alegou ter mantido um relacionamento ‘cordial’ com o professor, que foi executado friamente por denunciar desvios do Fundef na administração de Adalberon de Moraes. A testemunha ainda confirmou que o frasco de álcool encontrado na cena do crime era semelhante ao lote que existia na escola e disse temer ser morta por Adalberon após o seu depoimento.
O julgamento prosseguirá com o depoimento das testemunhas de acusação e posteriormente das testemunhas de defesa.
