Ministro tenta mediar entendimento entre o govero de Alagoas e Sinmed

Ascom/Fernando CollorMinistro tenta mediar entendimento entre o govero de Alagoas e Sinmed

Ministro tenta mediar entendimento entre o govero de Alagoas e Sinmed

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vai tentar intermediar o entendimento entre o governo de Alagoas e os médicos do Estado, em busca de soluções para os problemas que desencadearam a greve dos profissionais – que completa 100 dias nesta quinta-feira. Esse foi um dos resultados da audiência realizada na tarde desta quarta-feira, em Brasília, entre o ministro, os diretores do Sindicato dos Médicos (Sinmed) e o senador Fernando Collor (PTB-AL).

Preocupado com as notícias sobre a situação caótica da saúde pública em Alagoas e o quadro retratado num dossiê produzido pelo Sindicato, que lhe foi entregue na semana passada, pelo senador Collor, Padilha disse que vai aproveitar a reunião da Tripartite, que acontece na capital federal, e procurar os gestores da saúde de Alagoas para uma primeira conversa, com a perspectiva de ampliar essa discussão, já na próxima semana, com decisões mais efetivas do Estado, sobre as respostas que pode dar à categoria.

“Essa quebra de braço, gerada pela intransigência do governo estadual em negociar com os médicos, não pode continuar. O ministro se colocou a disposição para intermediar um entendimento, chamar os secretários para uma conversa, para apaziguar os ânimos e isto é muito positivo”, destacou o senador Fernando Collor.

Mais do que isso, o ministro também se comprometeu em implantar no Estado, nas próximas semanas, o projeto SOS Saúde, que visa o apoio aos hospitais da rede SUS de urgência, melhorando a gestão e a qualidade assistencial, por meio da implantação de dispositivos de classificação de risco, fluxos de internação, protocolos clínico-assistenciais e administrativos, organização da gestão de leitos, adequação da estrutura e do ambiente hospitalar, e regulação e articulação com o sistema de saúde.

O ministro disse que, se dependesse dele, viria hoje mesmo implantar esse projeto, mas reconheceu que, primeiro, terá que ser resolvida a situação com os profissionais, já que o sistema necessita deles para funcionar.

A audiência foi agendada pelo senador Fernando Collor, depois de participar de uma assembléia do Sinmed, no início de março. No encontro de ontem, o ministro também recebeu uma edição do jornal Gazeta de Alagoas, do último domingo, onde o caos do Hospital Geral do Estado é retratado em reportagem do jornalista Maurício Gonçalves.

O presidente do Sinmed, Wellington Galvão e a médica Edilma Barbosa, diretora da entidade, falaram da situação dos médicos do Estado, destacando as questões salariais e as condições de trabalho. Falaram, também, dos contratos irregulares mantidos pelo Estado, e das denúncias que já foram feitas inúmeras vezes, ao Ministério Público.

“Estamos aqui para pedir socorro. A população está desassistida e os profissionais recebendo salário imoral. A maioria não quer trabalhar para o Estado, e boa parte dos que já são da rede está saindo em busca de melhores salários em estados vizinhos”, disse Galvão, destacando que essa situação tem que ser resolvida, até mesmo para viabilizar o funcionamento do SOS Emergência, que o ministro prometeu implantar.

Os diretores do Sinmed também pediram que ministro tentasse, junto ao governo de Alagoas, reverter os processos administrativos abertos pelo Estado, contra cerca de 400 profissionais que aderiram à greve.

Fonte: Ascom/Fernando Collor

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