Foram mais de 400km percorridos por Leilamar Pereira Rodrigues, desde que ela fugiu de sua casa na terça-feira (2), em Inhaúma, no Subúrbio do Rio de Janeiro, até o Hospital 21 de Junho, em São Paulo, onde deu entrada na sexta-feira (5). Quando a mulher de 49 anos, que, segundo a família tem distúrbios mentais, foi reencontrada e o marido estava a caminho para buscá-la, Leilamar sumiu do hospital, de acordo com o relato da família ao G1, neste sábado (6).
A Secretaria municipal de Saúde de São Paulo confirmou que a paciente deu entrada no pronto-socorro no dia 5 e afirmou que ela fugiu quando foi informada que a assistente social entrou em contato com a família. A filha Pamella Rodrigues nega.
"A assistente social falou que eu podia ficar tranquila. Falei da situação da minha mãe que, há mais ou menos um ano, desenvolveu um distúrbio e surtou. Quando liguei de novo, no dia seguinte, a pessoa que me atendeu não sabia nem quem era a minha mãe e o que tinha acontecido com ela", lamentou.
Pamella diz que quando a mãe fugiu, apenas o irmão, que tem autismo, estava em casa. A jovem afirma que o irmão tentou impedir a saída de Leilamar. A filha acrescenta que a doença da mãe não chegou a ser diagnisticada, já que ela se recusava a ir ao médico.
Necessidade de cuidados especiais
Ivan Batista, o segurança de uma firma que levou Leilamar ao hospital com a ajuda da polícia revela que também alertou a necessidade de cuidados especiais.
"Estive pessoalmente no hospital e conversei com a ouvidoria: ‘vocês precisam dar um jeito de segurar essa mulher’. Me senti traído porque jogaram meu trabalho no lixo. Segurei ela a noite toda e, quando tive que ir embora, ela estava calma. Eles deram alta para uma pessoa que estava prestes a reencontrar o marido. Se não foi descaso, foi falta de interesse e profissionalismo", denunciou.
A família pede que quem tiver qualquer informações sobre Leilamar, ligue para os telefones (21) 8345-8862, (21) 6908-5710, (21) 8862-0370.
