Justiça alerta sobre golpes envolvendo supostas indenizações

Golpe da indenização
Golpe da indenização

Um novo golpe está levando cidadãos alagoanos ao prejuízo. Estelionatários utilizando nomes de empresas de advocacia estão enviando correspondências para a residência das pessoas informando sobre supostas indenizações em seu favor. A contrapartida é a cobrança de custas processuais em valores que ultrapassam R$ 6 mil.

É o caso da maceioense Janira Alves Correia, que recebeu uma correspondência em nome do escritório de advocacia “Inovação Assessoria Jurídica”, de São Paulo, informando que ela possuía uma indenização resultante de uma ação judicial contra a caixa de pecúlio, no valor de R$ 54.830,00. No entanto, para receber seria necessário que ela depositasse o valor de R$ 6.723,00 referente às custas processuais.

A suposta beneficiária chegou a pensar em vender o veículo e até a pedir empréstimo para pagar o valor cobrado, já que o suposto escritório, além de enviar várias cartas, estaria entrando em contato por telefone para pressioná-la a pagar o valor. O golpe só não foi efetuado com sucesso porque Janira procurou a Justiça Federal para tirar dúvidas sobre o processo.

“Por sorte essa senhora nos procurou para saber se o processo era verdadeiro, porque a maioria das pessoas acredita e cai no golpe. Esse tipo de processo parece verdadeiro para quem é leigo, mas para quem é da área jurídica, é fácil identificar como fraude”, disse a servidora da 1ª Vara da Justiça Federal em Alagoas, Sueleide Cantuária.

Para esclarecer melhor aos cidadãos, o Alagoas24Horas questionou à servidora sobre os indícios de que o documento enviado é falso e que a suposta ação não passa de um golpe. Sueleide explica que a primeira coisa que precisa ser esclarecida é que “jamais a Justiça ou um escritório jurídico enviariam cartas para cidadãos informando sobre valores de ações a receber”.

Ela explica ainda que esse tipo de informação é sigilosa, por isso, quando há algum comunicado sobre um processo a Justiça o faz por meio do Diário Oficial e também do advogado. “Só chegam através de correspondências informações sobre andamento de processo, justamente para evitar que a informação caia em mãos erradas e o beneficiário seja lesado. Além disso, também não existe nenhuma hipótese de o beneficiário pagar custas processuais em causas como estas. O que ele pode pagar são os honorários do advogado”, completa.

Casos como o de dona Janira podem ocorrer com qualquer cidadão. Por isso, a Justiça alerta que as vítimas procurem a Polícia Civil para efetuar um Boletim de Ocorrência.

O Alagoas24Horas tentou entrar em contato, por telefone, com o suposto escritório jurídico citado na matéria, mas ninguém atendeu às ligações.

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