Antes de acontecer, Marcha da Maconha é criticada na Assembleia Legislativa do Ceará

Deputados ressaltaram ser contra o evento que pede que usuários de maconha não sejam criminalizados.

JOSÉ LEOMARA deputada Silvana Oliveira lamentou o fato de o País permitir eventos como a Marcha da Maconha, que, segundo ela, incentiva o uso de drogas

A deputada Silvana Oliveira lamentou o fato de o País permitir eventos como a Marcha da Maconha, que, segundo ela, incentiva o uso de drogas

A deputada Silvana Oliveira (PMDB) repudiou a Marcha da Maconha, movimento que luta pela legalização da erva no Brasil e acontece amanhã, em Fortaleza. Ela lamentou que medidas desse tipo estejam ocorrendo no País. Segundo ela, as drogas desafiam a segurança pública hoje e não trazem qualquer benefício para a população.

A parlamentar disse que a maconha é a "antessala" para outras drogas e que a Marcha da Maconha "não tem nada de bom", além de induzir as pessoas a se viciarem em algo prejudicial. "Com o tempo, o usuário de maconha passa a usar outras drogas pesadas. Daqui a pouco vão querer fazer a marcha da liberação dos presidiários, dizendo que é liberdade de expressão", ironizou a peemedebista.

Ela lamentou a realização do evento, visto que existe um drama nacional com a questão do aumento do consumo do crack que transformou a sociedade em um "caos". "E não somente o crack que tem tornado o grande caos que deixa aflito todos nós. "Eu quero lamentar aqui que apresentei um projeto para impedir a venda de álcool na Copa, porque disseram que não vai passar. Mas eu tenho que dar uma satisfação às pessoas que votaram em mim", ressaltou.

Álcool
Silvana afirmou que visita os hospitais e lá encontra inúmeras pessoas acidentadas, em sua maioria, por conta do consumo do álcool. "Eu não estou trazendo aqui elementos vazios", disparou ela. "Quem pensa que o álcool é coisa boa vá ao IJF para ver o quanto de pessoas tem lá. E isso é um gasto para o Estado".

A deputada ainda apresentou uma série de sintomas que seriam causados pelo uso da maconha, como queda de testosterona, câncer de pulmão, de laringe, câncer de testículo, disfunção sexual, bronquite, náuseas e vômitos.

O deputado Ferreira Aragão (PDT) lembrou que o traficante fornece drogas para outras pessoas, mas não quer que os seus filhos façam uso de entorpecentes, citando como exemplo o caso do filho do traficante Fernandinho Beira-Mar, que estaria viciado em crack.

"Eu escuto todo dia choro e ranger de dentes por causa da droga. A maconha é o início e agora estão vendendo o ´craconha´, que é a mistura da droga com o crack. Temos tantas coisas para fazer e Marcha da Maconha é marchar para a cadeira", disse o pedetista.

O tucano Fernando Hugo afirmou que a maconha deixa os seus usuários "dementes" e salientou ser necessário que a Polícia se infiltrasse nesse evento, visto que os defensores da marcha irão fazer o uso da droga durante o evento. "Uma droga que deixa o seu usuário demente com certeza é pesada. A polícia deveria se infiltrar na Marcha porque tem gente fumando droga e distribuindo na rua para quem quiser. A Marcha da Maconha é, na verdade, a marcha da morte e da desgraça", apontou o tucano.

Descriminalização
Ely Aguiar (PSDC), criticou os formadores de opinião que defendem a descriminalização da droga, pois, segundo ele, acabam influenciando o uso das pessoas de entorpecentes. Roberto Mesquita (PV) afirmou ser desnecessário fazer a marcha para a legalização, visto que, para ele, o início do uso da maconha é uma "escada" e que não tem volta.

"Só existe o consumidor de drogas porque existe o traficante, e essa Marcha é um comportamento triste", atacou. Roberto Mesquita (PV) também corroborou com as críticas à Marcha da Maconha deias pelos seus pares e disse que a maconha realmente faz parte da "escada" para passar para outras drogas e por isso deveria ser repudiada.

Fonte: Diario do Nordeste

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