Após 26 pênaltis, Newell’s elimina o Boca e se classifica para a semifinal

Globo.comBoca eliminado da Libertadores

Boca eliminado da Libertadores

O poderoso ataque do Newell’s Old Boys, dono de 62 gols em 34 partidas no Campeonato Argentino – quatro em cima do próprio Boca Juniors, que jogou com os reservas no último domingo -, não conseguiu balançar a rede sequer uma vez em dois jogos contra a equipe xeneize na Libertadores. Na noite desta quarta-feira, no estádio Coloso del Parque, as equipes repetiram o 0 a 0 do jogo de ida, na Bombonera. Mas nos pênaltis a rede estufou. Riquelme e Martínez, ex-Corinthians, desperdiçaram uma cobrança cada um, e Maxi Rodríguez converteu duas vezes após a série voltar a ele. O Rubro-Negro venceu por 10 a 9 e garantiu a suada vaga na semifinal do torneio após 26 cobranças, a maior disputa de penalidades da história da competição continental.O Newell’s agora aguarda a definição dos outros classificados para saber seu adversário na semifinal. Se Fluminense e Atlético-MG passarem por Olimpia (Paraguai) e Tijuana (México), respectivamente, os brasileiros terão que se enfrentar devido ao regulamento para evitar uma final com equipes de um mesmo país. Se isso acontecer, o oponente dos argentinos será o Santa Fé, da Colômbia. Caso o Fluminense perca a vaga para o Olimpia, às 22h (de Brasília) desta quarta-feira, o rival dos hermanos será quem passar de Atlético-MG e Tijuana. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ainda vai definir as datas para a semifinal, mas a fase só será disputada em julho, após a Copa das Confederações.

Boca anula rival em jogo nervoso

O Boca dessa vez estava completo, mas a goleada sofrida pelos reservas há três dias serviu no mínimo como um sinal de respeito. Nos primeiros 15 minutos, o time da Bombonera jogou com os 11 atrás da linha do meio de campo. Marcação atenta a Scocco, Maxi Rodríguez e Figueroa. Os dois primeiros atacantes foram discretos, enquanto o centroavante sequer foi notado em todo o primeiro tempo. Sem espaço, o Newell’s fez blitz de chuveirinhos para a área, mas só conseguiu uma cabeçada com Heinze, sem levar perigo.

Mas o respeito e o foco na marcação não impediu o Boca de atacar. Foram os visitantes que tiveram as chances mais reais de gol. Vez ou outra, Riquelme aparecia livre pelo meio. Numa oportunidade, o craque tabelou com blandi e bateu colocado, perto do ângulo de Guzmán. Depois, Heinze foi providencial ao cortar um cruzamento para Blandi, que já armava o chute de primeira na entrada da pequena área. O time rubro-nero não assustou Orión, mas a torcida sim. Vários objetos foram arremessados no goleiro, que tinha dificuldade de cobrar cada tiro de meta. O clima permaneceu nervoso até o intervalo.

Trave e expulsão salvam o Newell’s

O Boca atrasou para voltar para o segundo tempo e irritou os adversários. Valia tudo na batalha. Mais experiente nas táticas de guerrilha da Libertadores, a equipe xeneize continuava cozinhando o rival. Seguia melhor na defesa e no ataque. E sempre com Riquelme. Em jogada individual, o camisa 10 dribou o marcador e cruzou na cabeça de Blandi, que testou na trave de Guzmán. O atacante voltou a aparecer com perigo num escanteio, mas Casco salvou em cima da linha. O gol parecia questão de tempo, não fosse por Clemente Rodríguez. O experiente volante fez falta para impedir o contra-ataque do Newell’s e levou o amarelo. Irritado, peitou o árbitro Germán Delfino e foi expulso.

Mudou tudo. Carlos Bianchi sacou Blandi e colocou o meia Zárate. E o dominante Boca passou a ser ainda mais cauteloso e voltou a jogar com todos no campo de defesa. Também começou a fazer cera. O empate sem gols, que levava a decisão para os pênaltis, tornou-se agradável. O Newell’s tentou pressionar, mas estava difícil para chegar na área visitante. O jeito era arriscar de longe, e assim quase Mateo surpreendeu. A bomba passou pertinho do ângulo. Nos minutos finais, quando a zaga já não tinha mais pernas, Orión salvou e levou a disputa para as cobranças alternadas.

Vinte e seis cobranças

O duelo argentino reservou a maior disputa de pênaltis da história da Libertadores. Com um a mais, o Newell’s tirou o zagueiro Heinze da disputa, e ao todo os times executaram 26 cobranças. Todos os jogadores bateram, incluindo os goleiros, e a série voltou para os primeiros cobradores. Riquelme, que perdeu o primeiro pênalti, converteu o segundo. Martínez, ex-Corinthians, que guardou o primeiro, chutou para fora o segundo. E depois de desperdiçar duas chances de encerrar a disputa, os donos da casa se classificaram com o segundo pênalti convertido por Maxi Rodríguez. Confira como foram todas as cobranças:

Riquelme (Boca) – perdeu
Scocco (Newell’s)- converteu
Pérez (Boca) – converteu
Vergini (Newell’s) – converteu
Martínez (Boca) – converteu
Maxi Rodríguez (Newell’s) – converteu
Somoza (Boca) – converteu
Cáceres (Newell’s) – perdeu
Caruzzo (Boca) – perdeu
Urruti (Newell’s) – perdeu
Orión (Boca) – converteu
Casco (Newell’s) – converteu
Ribair Rodríguez (Boca) – converteu
Tonson (Newell’s) – converteu
Erbes (Boca) – converteu
Bernardi (Newell’s) – converteu
Zárate (Boca) – perdeu
Orzán (Newell’s) – perdeu
Marín (Boca) – converteu
Guzmán (Newell’s) – converteu
Riquelme (Boca) – converteu
Scocco (Newell’s) – converteu
Pérez (Boca) – converteu
Vergini (Newell’s) – converteu
Martínez (Boca) – perdeu
Maxe Rodríguez (Newell’s) – converteu

Fonte: Globo.com

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos