Centrais sindicais convocam dia de protestos e paralisações para esta quinta

As principais centrais sindicais do país convocam para esse 11 de julho, quinta-feira, um dia nacional de lutas e paralisações. O dia 11 promete marcar a entrada em cena da classe trabalhadora nos protestos que varrem o país desde junho. A jornada de mobilizações é convocada pela CSP-Conlutas, Força Sindical, CUT, CTB, UGT, NCS, CGTB e CSB, e já aponta para ser uma das maiores jornadas de lutas e greves que o Brasil já viu. Em Alagoas diversos setores farão paralizações e se unirão em um grande ato; marcado para começar às 14 horas, na Praça Centenário.

As centrais se unificaram a partir de sete reivindicações unitárias que expressam demandas tradicionais dos trabalhadores no país. A pauta da jornada de lutas passa pela redução da tarifa e melhoria do transporte público; mais investimentos em saúde e educação pública; fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias; redução da jornada de trabalho; fim dos leilões do petróleo; contra a PL 4330 da terceirização e por reforma agrária. A partir dessas bandeiras gerais, cada categoria vai parar e se mobilizar incluindo também suas reivindicações específicas.

"Essa é uma luta contra os patrões, na medida em que os trabalhadores vão às ruas por reivindicações como salários e direitos, mas também contra o governo, pois a maior parte dos problemas que afetam a classe trabalhadora foi causado pelas decisões do governo federal, e também dos governos estaduais e municipais", afirma José Maria de Almeida, o Zé Maria, da Executiva Nacional da CSP-Conlutas. "O governo Dilma tem demonstrado muita disposição quando se trata de atender interesses das grandes empresas e dos bancos, pois queremos que ele atenda reivindicações dos trabalhadores com essa mesma disposição", defende.

Zé Maria não deixa de criticar as entidades que, por fora das reivindicações aprovadas pelas centrais, tentam desvirtuar o dia 11 colocando como bandeira a defesa do plebiscito sobre Reforma Política proposta pela presidente Dilma. “Setores como a direção da CUT, da UNE e setores do MST querem desviar as mobilizações, que são mobilizações que se chocam contra os governos e a atual política econômica, e fazer parecer mobilizações de apoio ao governo e à proposta de plebiscito da Dilma”, afirma, colocando como tarefa dos movimentos sociais e sindicais “fazer o contrário disso e ir às ruas pelas reivindicações dos trabalhadores”.

Fonte: Assessoria

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