As redes sociais vêm sendo o principal instrumento para aglomeração – daquilo que já foi considerado de massa – e levado milhões de pessoas às ruas, além de ser uma das ferramentas utilizadas e que culminou com a queda do presidente egpício Hosni Mubarak e do regime que durou quase meio século na Líbia de Muamar Kadafi.
Em Alagoas, não está sendo diferente. Por meio das redes sociais, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o aumento da passagem e inúmeras pautas foram incluídas nas reivindicações. Durante semanas, estudantes, movimentos sociais da cidade foram às ruas, fecharam rodovias e em muitos estados manifestantes entraram em confronto com a polícia.
Mas agora a rede social vem sendo usada contra o ato que está sendo organizado pelas centrais sindicais para o próximo dia 11. Intitulado como PT da Depressão, a página no Facebook já tem 22.733 seguidores, em todo o país.
A página está sendo acusada de servir ao partido da presidente Dilma e vem provocando uma série de acusações entre os diversos ‘não-líderes’ dos movimentos. Pelo que parece, um pequeno grupo, inclusive de Alagoas, vem aderindo à mobilização contra a mobilização e também vestirá preto.
Tratado como manifestação ‘sem líderes’ e fundamentado na exigência da melhoria dos serviços públicos, sobretudo transporte, e contra a corrupção, o movimento deverá ter que administrar – agora – a chegada das siglas partidárias. Será o protesto contra o protesto?
