Marin afirma que Ramires trocou a Seleção por um jantar e critica R10

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Presidente Marim

O presidente da CBF, José Maria Marin, não deixa dúvidas: quem quiser uma vaga entre os 23 convocados para a Copa do Mundo do ano que vem deverá ter comprometimento total. Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal “O Globo”, o dirigente faz questão de deixar claro que o comportamento fora do gramado é fundamental para estar na Seleção e, em tom de crítica, dá o recado a Ramires e Ronaldinho Gaúcho, talvez as duas ausências mais sentidas na lista divulgada por Felipão para a Copa das Confederações.

Com o volante do Chelsea, o tom é mais grave. Embora não tenha citado o nome de Ramires, Marin deixa exposta uma certa mágoa com as declarações da mulher do jogador, Islana Rosa, que disse que a Seleção era uma máfia. Além disso, dá uma cutucada no meio-campista dos Blues por não ter se apresentado, em março, à Seleção na data combinada para os amistosos contra Itália e Rússia.
– Não falo nome, mas foi um jogador que atua na Inglaterra. Imagina se o Thiago Silva virasse para o grupo e falasse que não poderia aceitar uma convocação para enfrentar a Rússia e a Itália, porque a mulher dele marcou um jantar com as amigas… Jamais! Todos os jogadores sabem dessa história do jogador que trocou a Seleção por um jantar – disse Marin, ao jornal, ao ser perguntado quem foi o jogador que trocou a Seleção por um jantar.

A irritação do cartola tem explicação. Alegando uma lesão muscular na coxa, o volante se apresentou em Londres para os amistosos com um dia de atraso. Ao lado da médica do Chelsea, Eva Carneiro, ele apareceu com um atestado e foi cortado da equipe. Para piorar a situação, a esposa do jogador publicou em redes sociais algumas fotos da comemoração do aniversário de 26 anos do volante, justamente na data em que ele deveria ter se apresentado com o restante do grupo.

O caso de Ronaldinho é diferente. O atleticano se apresentou ao time de Felipão para o amistoso de abril contra o Chile, em Belo Horizonte, na data marcada, mas apareceu com 25 minutos de atraso, o que gerou críticas de Marin.
– Você me convida para um jantar na sua casa. Eu chego à sua casa, e você não está. Eu espero, espero, e você, que é o anfitrião, é o último a chegar. A Seleção vai para a mesa do jantar e quem é o último a chegar? O anfitrião. Não dá! – disse Marin, referindo-se ao fato de a apresentação ter ocorrido em Belo Horizonte, cidade onde mora o atleticano.

Mas Marin garante que as portas seguem abertas para Ronaldinho e novamente volta a falar que os jogadores devem ter comprometimento total com a equipe.

– Eu não falei que ele não volta mais… Mas o comprometimento tem que ser total, dentro e fora do campo.

Granja será a casa do Brasil em 2014, diz Marin

O dirigente diz que o prêmio destinado a jogadores e comissão técnica pelo título da Copa das Confederações foi de R$ 4,8 milhões. E destaca a importância do comando na Seleção durante a competição.

– Outra coisa: você viu alguém mascando chiclete? Falei que eu não queria ver ninguém mascando chiclete, arrumando a meia ou fazendo exercício durante o hino. Sabe por quê? Para mostrar que lá tem comando. O cara que vai defender a seleção tem compromisso com o país. Falei para a minha mulher antes da final contra Espanha: “Do jeito que eles cantaram o Hino Nacional, nós não perdemos o jogo”. Não confundimos patriotada com civismo.

O presidente da CBF também garante Felipão no comando da Seleção após a Copa do Mundo independente do resultado, isso desde que o treinador queira seguir no cargo, e assegura Alexandre Gallo à frente da equipe que disputará os Jogos Olímpicos de 2016. Além disso, revela que a Granja Comary será a casa do Brasil em 2014.

– Uma das prioridades é a Granja Comary. Demolimos tudo e estamos reconstruindo. O Felipão quer ficar lá. E sair só para jogar. A Granja será a base na Copa.

Fonte: Globo.com

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