Encontros com a menor ocorriam em ótica na Jatiúca
Após a prisão de um empresário, suspeito de abusar sexualmente de uma criança de oito anos, o Alagoas 24 Horas esteve na Avenida Antônio Gomes de Barros, antiga Amélia Rosa, e conversou com os comerciantes da região.
Eles contaram que a menina chegava ao local sempre em companhia do pai, mas entrava na ótica sozinha. A atitude passou a gerar desconfiança entre os moradores e comerciantes próximos.
"Eles chegavam de bicicleta. O pai ficava no canteiro central da Amélia Rosa e ela entrava no local. Lá, demorava bastante para sair. Geralmente as visitas eram aos sábados pela manhã. Isso já acontecia há muito tempo, há pelo menos quatro meses", contou uma comerciante, que preferiu não ter o nome revelado.
Os comerciantes dizem que chegaram a questionar a menina qual a relação dela com o empresário e garota se limitava a dizer que o empresário a ajudava. "Acho que ela já estava tão acostumada com a situação que às vezes chegava sorrindo. Quando perguntávamos o que ela era dele, a menina respondia que ele [empresário] iria ajudá-la. O dono da ótica também disse que ajudava a menina desde pequena e que ela ficava no computador jogando. Mas desconfiamos pelo fato do pai ficar fora do estabelecimento enquanto a criança estava na ótica. A polícia chegou a ser acionada pelo menos três vezes e devido à demora para chegar não conseguia o flagrante", informou.
Nesta quarta-feira, 17, ao perceber a presença do pai da garota no canteiro, duas funcionárias de estabelecimentos comerciais vizinhos foram até a ótica e bateram na porta do banheiro, onde supostamente estavam o acusado e a menina.
Ele disse que estava sozinho e não havia nenhuma criança no local. No entanto, o 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) esteve no local e constatou o crime. Todos foram levados à Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos.
