Movimento pelo Passe Livre invade sessão na Câmara

Izabelle Targino/ AL24h

Estudantes e famílias sem-teto invadiram a sessão da Câmara nesta quinta-feira

O protesto da Frente pelo Passe Livre Maceió, realizado na tarde desta quinta-feira, 1º de agosto, não contou com uma multidão expressiva, mas surpreendeu. Depois de percorrer algumas ruas do Centro em direção à Praça Marechal Deodoro, o grupo de aproximadamente 50 pessoas, invadiu a sessão da Câmara Municipal de Maceió.

Inicialmente, a ideia era protestar na porta do prédio da Câmara para sensibilizar os vereadores e pedir urgência na aprovação do Projeto de Lei do Passe Livre do vereador Galba Neto (PMDB), que versa sobre a gratuidade do transporte coletivo para estudantes de escolas públicas e privadas de Maceió e região Metropolitana. Mas os manifestantes decidiram participar da sessão e apresentar seus pontos de vista.

Além dos estudantes, participam do protesto algumas famílias sem-teto que deixaram um terreno no bairro da Santa Lúcia para ocupar o prédio do INSS no Centro.

De acordo com informações da estudante Laís Cavalcante, no DCE Ufal, a juventude decidiu se unir aos sem-teto para que o grupo receba moradia digna.

Além disso, a líder do movimento informou que os trabalhadores e estudantes sofrem diariamente com o caos dos transportes públicos. Por isso, a manifestações irão continuar até que uma medida seja tomada com relação ao assunto.

“O serviço é precário. Todos os dias, os trabalhadores são humilhados ao utilizar os ônibus que circulam na cidade. Vamos continuar com as manifestações. Não vamos parar até conseguir que o passe livre seja aprovado”, informou a estudante.

Polícia Militar

A chegada da Polícia Militar à Câmara Municipal exaltou os ânimos no local. A presença dos policiais militares, porta da Casa de Mário Guimarães, deixou os manifestantes irritados.

"Não queremos violência apenas moradia e o passe livre. Da última vez, no terreno em Santa Lúcia, eles (PMs) usaram da força para nos retirar de lá", disse Cristiane, representantes das famílias sem-teto.

Apesar do receio dos manifestantes, o presidente da casa, Chico Filho garantiu que à polícia não está autorizada a entrar no plenário para retirada dos manifestantes e alegou que a casa não tolera truculência.