Sem-teto e estudantes montam barricadas contra ação de despejo

Alagoas24horasSem-teto são retirados do Edifício Palmares no Centro

Sem-teto são retirados do Edifício Palmares no Centro

O grupo de sem-teto – em companhia dos estudantes ligados ao Movimento Passe Livre – montou uma barricada com pneus em torno do edifício do INSS, localizado na Praça Palmares, Centro de Maceió, para tentar impedir o cumprimento da ordem de reintegração de posse. Após o ato que marcou a retomada dos trabalhos no legislativo no parlamento mirim da capital, na tarde de ontem, os manifestantes realizaram uma vigília durante toda a noite esperando o cumprimento da ação que se vence nesta sexta-feira, dia 2.

Para o Movimento Via do Trabalho, responsável pelo acompanhamento das famílias no prédio, toda ação tem uma reação, isso, segundo Marcos Antonio, o Marrom, coordenador do movimento, para tentar evitar a mesma ‘injustiça’ sofrida no cumprimento da ação judicial no terreno privado no bairro da Santa Lúcia, no mês passado.

De acordo com Marrom, as famílias – que agora contam com o apoio dos estudantes – estão lutando para garantir uma moradia e que irão para o confronto para garantir ‘esse direito’. Segundo ele, os pneus foram colocados como estratégia para evitar a ação da polícia, uma vez que o prédio é um local fechado e pode haver consequências maiores que a última investida policial.

Para Marrom, a Polícia Militar trata as famílias como bandidos usando o aparato de guerra para retirar os acampados. “E de forma sorrateira, pois da última vez só ficamos sabendo da execução da ação quando uma fonte me informou, mas desta vez estamos preparados e não estamos sós, a sociedade está com a gente”, enfatizou.

Reunião com a prefeitura

Na manhã desta quinta-feira (dia 1º) as lideranças do Movimento Via do Trabalho se reuniram com os gestores municipais para discutir uma ação que visava encontrar uma solução do impasse vivido pelas famílias que ocupam o prédio condenado do INSS.

Para Marrom, o questionamento das famílias é para onde serão alocadas as famílias que estão acampadas no prédio. “Queremos é um local provisório para que desta forma possamos esperar os dois anos estabelecidos pelo município, por isso queremos uma resposta do município, estado e do Governo Federal para saber para onde iremos enquanto esperamos”, justificou a ação.

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