Goleiro do ASA falha, assume erro e vê time virar sobre o Oeste

Globo.comGoleiro Gilson

Goleiro Gilson

Diz o popular ditado do futebol que empate fora de casa é vitória. Na prática, isso não valia para o ASA na noite desta sexta-feira, no estádio dos Amaros, em Itápolis, diante do Oeste. No contexto da 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, somar um ponto ainda era mau negócio para o time de Arapiraca, já que a equipe tentava se livrar da zona de rebaixamento.A luta do time alagoano foi grande e deu certo: 2 a 1, fora de casa. Mas antes do apito final, um drama. A equipe já havia começado o jogo em desvantagem. Logo aos três minutos, o goleiro Gilson, que, devido a sua posição, não teria boas condições de colaborar ofensivamente com seu time, acabou mais uma vez comprometendo com uma falha individual. Já havia errado na última partida, quando o ASA foi derrotado pelo América, em Natal, por 2 a 0.

Ossos do ofício. Gilson estava sujeito a falhar. Mas, para o camisa 1 do ASA, o futebol é mais que profissão. Emocionalmente abalado, o atleta desabafou no intervalo.

– Acho melhor eu descansar um pouco. O ASA precisa do meu trabalho, mas não estou bem e é melhor dar o lugar para outro jogador. Nunca passei por um momento desse e preciso recuperar, principalmente a cabeça, para não pejudicar um clube que aprendi a amar.

Gilson foi honesto, reconheceu os erros e transpareceu uma falta de confiança própria. A confiança veio do técnico Leandro Campos, que não seguiu a sugestão de seu goleiro de colocar outro jogador no lugar. Com isso, Gilson continou em campo para o segundo tempo. Não balançou a rede, isso seria raro. Mas protagonizou a comemoração do gol da reação de sua equipe. Foi presenteado com um abraço do companheiro Wanderson, autor do tento de igualdade.

O ASA, que foi melhor em todo o primeiro tempo, também foi recompensado coletivamente. O gol da virada veio e a equipe venceu. Uma vitória legítima. Três pontos para a conta e a fuga momentânea da zona de rebaixamento. Agora são 13 pontos somados, em quatro vitórias, um empate e sete derrotas. Na próxima rodada, o time volta a jogar diante de sua torcida, diante do Sport, na terça-feira, às 19h30.

O Oeste, time da casa nas últimas duas rodadas, perdeu o jogo e a chance de somar seis pontos na semana e ficar muito perto do G-4, a zona de acesso. Agora ainda deixa o itapolitano desconfiado e ainda sem saber se o time da cidade brigará por uma vaga na elite ou para não voltar à Série C. O próximo compromisso será a quase 3.000km

Na sorte

O Oeste pouco produziu na etapa inicial. No entanto, o ex-palmeirense João Denoni teve um dos poucos momentos felizes do Rubrão na noite desta sexta-feira. O volante do time de Itápolis pegou uma sobra e, de fora da área arriscou. O chute saiu fraco, rasteiro, mas Gilson acabou aceitando.

A falha abalou Gilson, mas não o time. Ainda que sem técnica, o ASA passou a criar diversas oportunidades. Eram bolas que por centímetros não tiravam a desvantagem do time alagoano.

Pressionado, o Oeste suportou, mas só os primeiros 45 minutos. Dependente apenas da infelicidade do goleiro adversário, o Rubrão foi para o vestiário na frente, mas ainda sem ter se acertado em campo.

Recompensados

A sorte do ASA começou a mudar aos sete minutos do segundo tempo. Wanderson recebeu lançamento em linha reta de Osmar. A bola passou por cima de toda a zaga do Oeste até que o atacante do time da Arapiraca tocasse na saída de Fernando Leal. Wanderson foi em direção a Gilson para comemorar o gol de empate.

Enquanto a vontade do ASA fazia a equipe criar chances de virada, a desorganização do Oeste comprometia a equipe. Aos 21 da etapa final, uma bola mal afastada foi fatal para o Rubrão. Didira, embaixo da trave, mas em condição legal, tocou para o fundo da rede: 2 a 1.

No final, o Oeste insistiu no padrão de jogo. Ou na falta dele. Nos acréscimo, o goleiro Fernando Leal, que já fez um gol nesta Série B – mas de cabeça, tentou bater uma falta. Foi fraca, na barreira. No último minuto de partida, o meio Marcos Paraná, do Rubrão, ainda levou cartão vermelho direto por xingar o árbitro. A noite era mesmo dos visitantes

Fonte: Globo.com

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