Fla domina o clássico, faz gol de letra e vence o Flu no Maracanã

Globo.comFlamengo e Fluminense

Flamengo e Fluminense

Se o clássico tem o poder de tirar um time da crise e afundar o outro nela, a semana começará de forma tranquila na Gávea e mais tensa ainda nas Laranjeiras. No primeiro Fla-Flu do novo Maracanã, a equipe rubro-negra mostrou maior organização, mandou no jogo e, com um gol de letra de Hernane, venceu um apático Tricolor por 3 a 2, neste domingo, pela 13ª rodada do Brasileiro. Elias e Hernane, outra vez, completaram a vitória. Sobis fez os dois do Flu.

Enfrentar os rivais cariocas tem feito bem ao Flamengo no nacional. Este foi seu terceiro clássico, com duas vitórias e um empate – nos acréscimos, diante do Botafogo. O resultado melhora o astral no clube e a posição na tabela (agora são 17 pontos, em 11º lugar), mas além disso dá esperanças aos torcedores. O Rubro-Negro dominou o meio de campo e imprimiu enorme velocidade, encurralando o Fluminense. O estreante André Santos, lateral-esquerdo de origem mas atuando como meia, compôs bem o setor e distribuiu as jogadas.

Ele participou do confuso terceiro gol do Flamengo, em que ele e Hernane praticamente chutaram juntos. O placar do Maracanã apontou gol de André Santos, mas o árbitro Luiz Flávio de Oliveira depois confirmou a autoria para o atacante.
– O André tentou, errou a passada, achei que não ia chutar mais, e eu preferi chutar. O gol é importante nessa hora, o importante é fazer o gol – explicou o lance o Brocador, que além dos dois gols deu assistência para Elias e deve ser titular novamente diante do Goiás, na quarta, às 21h50m, no Serra Dourada.

Já o estreante do Fluminense não foi bem. Escalado pela primeira vez neste Brasileiro desde o início no lugar de Wagner, o jovem Eduardo esteve apagado em campo e foi mais notado ao levar caneta de Leo Moura no segundo gol rubro-negro. O Tricolor, com 14 pontos e perto do Z-4, em 14º lugar, voltou a apresentar enorme lentidão para levar a bola ao ataque, o que irritou seu torcedor. Dúvida até momentos antes do jogo, Diego Cavalieri teve boa atuação e evitou uma derrota maior.

O time perdeu seus três clássicos no Brasileiro – no ano, são seis derrotas, dois empates e nenhuma vitória contra os rivais. Luxemburgo, que perdeu pela primeira vez no comando do Fluminense justamente contra seu ex-clube, coleciona desfalques para o duelo da próxima quarta-feira, contra o Corinthians, no Maracanã. Fred e Jean estarão na Seleção para amistoso com a Suíça, e Carlinhos recebeu o terceiro amarelo.

– Trocaria tudo pela vitória, mas infelizmente levamos a virada no primeiro tempo. Ali matou o jogo. O terceiro gol foi uma casualidade, bate-rebate. Se o nosso segundo gol tivesse saído uns cinco minutos antes… – lamentou Rafael Sobis, que completou cem jogos pelo clube no clássico.

Hernane tira onda com gol de letra

O Fluminense deu sua primeira finalização no jogo aos 16 minutos e abriu o placar. Rafael Sobis aproveitou erro de Wallace, dominou na área e encheu o pé esquerdo. A essa altura, o Flamengo tinha muito mais volume de jogo e já havia finalizado cinco vezes, perdendo boas chances com o estreante André Santos, que mandou para fora, e com Leonardo Moura, que parou nas mãos de Diego Cavalieri. O gol tricolor, no entanto, em nada mudou o panorama da partida. O Rubro-Negro continuou superior em campo, chegando com velocidade à área do Flu, que se mostrava lento para atacar e para marcar.

Presença constante no ataque, Elias apareceu de surpresa para empatar o duelo aos 25. Em velocidade, recebeu de Hernane na intermediária e entrou cara a cara, tocando por cima de Cavalieri. A rapidez também veio com o veterano Léo Moura, que tocou entre as pernas do novato Eduardo, chegou ao fundo e cruzou rasteiro. Hernane, de letra, virou o clássico e enlouqueceu a torcida flamenguista, aos 31. Previsível, o Flu se limitou a bolas longas em busca de Fred. Irritado, o atacante andou se estranhando com González, que também bateu boca com Leandro Euzébio. A primeira etapa terminou quente.

Mudanças de Luxa não surtem efeito

A pausa para o intervalo não alterou o andamento da partida. O Flamengo continuou superior em campo e colecionando chances criadas. Gabriel perdeu a melhor, chutando em cima de Cavalieri aos três minutos, quase na saída da grande área. Luxemburgo tentou mudar, sem sucesso, ao colocar Kenedy e Wagner nas vagas de Eduardo e Felipe. Depois, sacou Leandro Euzébio e colocou Diguinho. Foi em vão.

Foi o Flamengo que continuou passeando no gramado. Aos 22, Paulinho, que substituíra Nixon pouco antes, chutou forte e a bola bateu no braço de Digão, mas o árbitro não marcou pênalti. Não precisou. Aos 35, em lance confuso na área tricolor, com direito a furada de Fred, a bola sobrou para Hernane e André Santos, que chutaram praticamente juntos. A bola morreu lentamente no fundo da rede tricolor e fez explodir de vez a torcida rubro-negra. Na comemoração, André Santos subiu a escada para abraçar os torcedores e não levou cartão amarelo, diferentemente do que ocorreu com Elias no jogo diante do Botafogo. Já nos acréscimos, Sobis chutou forte e contou com a ajuda de Felipe, que se enrolou e mandou a bola para dentro.

Fonte: Globo.com

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