Mediante concessão de habeas corpus assinada pelo juiz John Silas, está solto desde ontem (12) o servidor público municipal acusado de atirar contra um manifestante durante protesto realizado no dia 17 de junho em Maceió.
Josenilton dos Santos Lima é acusado de atirar contra um menor e estava detido desde o dia 1° de julho, após cumprimento de mandado judicial. Em depoimento, Josenildo havia confessado ser o autor do disparo, mas afirmou ter atirado para o alto e não em direção do menor de 16 anos. Sua soltura se deu mediante HC por que, segundo o magistrado, o Ministério Público Estadual (MPE) solicitou mais provas para, só então, ofertar a denúncia contra o acusado.
No entanto, a liberdade provisória só foi concedida pelo juiz sob algumas condições. Josenilton deverá se apresentar mensalmente em juízo, retornar às 22h à sua residência – sendo este horário reduzido nos fins de semana para as 18h -, não pode se apresentar embriagado em público, está proibido de portar arma, entre outras condições.
A Polícia Civil afirma que o inquérito que investiga a tentativa de homicídio já foi entregue ao MP.
MP
Segundo nota emitida pelo Ministério Público o advogado do acusado ingressou com pedido de soltura, alegando que o disparo que atingira o jovem não teria partido da arma de seu cliente, mas sim, de outra arma e, para sustentar seu argumento, comunicou ao juiz que existe uma gravação que comprovaria o fato. Com isso, o promotor criminal que responde pelo caso, Marcus Mousinho, requisitou diligências. Mousinho solicitou a John Silas que o suposto vídeo lhe seja entregue “Para que assim, o MPE possa fazer um juízo de valor e decidir se houve, de fato, a prática do crime doloso contra a vida. Só depois dessa avaliação, o Ministério Público poderá, ou não, oferecer denúncia”, diz a nota.
Ainda de acordo co a nota, o advogado confirmou que seu cliente efetuou disparo, entretanto, o tiro que feriu o estudante teria sido disparado por outra pessoa.
O inquérito corre em segredo de justiça.
