Movimentos sociais invadem ALE e são recebidos por Fernando Toledo

Priscylla Régia/Alagoas 24 HorasJudson Cabral e Fernando Toledo em reunião com filiados a CUT

Judson Cabral e Fernando Toledo em reunião com filiados a CUT

No dia em que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) comemora 30 anos de existência, integrantes de movimentos sociais invadiram, na tarde desta quarta-feira, 28, a recepção da Assembleia Legislativa de Alagoas, no Centro.
Eles pediam a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as supostas denúncias de desvio de dinheiro da casa de Tavares Bastos, levadas ao Ministério Público pelo deputado estadual João Henrique Caldas (PTN).

Com gritos de ordem, os manifestantes chamaram a atenção de deputados e visitantes da casa. A presidente da CUT, Amélia Fernandes chegou a subir no balcão da recepção da ALE e foi aplaudida pelos manifestantes.

"Queremos que os deputados assinem o documento para a CPI, mas eles estão preocupados com o fato de se auto investigar. Apenas seis parlamentares assinaram, contudo precisariam de nove deputados apoiando para que a CPI fosse instaurada. A população merece respeito. Deveríamos ter invadido a assembleia antes. Desde as primeiras denúncias do deputado. Queremos punição para os acusados de desviar verba pública”, disse a presidente da CUT, Amélia Fernandes.

A mobilização foi acompanhada pelos deputados estaduais JHC, Edval Gaia (PSDB), Judson Cabral (PT) e Ronaldo Medeiros (PT) até que uma comissão formada por10 pessoas fosse recebida pelo presidente da casa, Fernando Toledo (PSDB).

Na reunião, os representantes de classe externaram suas indignações sobre a denúncia de desvio e pediram esclarecimentos a Toledo sobre o caso e a instauração da CPI. Eles também cobraram transparência na divulgação das contas da ALE.

Depois de ouvir todas as solicitações da categoria, Fernando Toledo afirmou que não há nada na assembleia que não esteja em sintonia com a lei e pediu que trabalhadores esperassem o resultado das investigações do Ministério Público.

"Aqui não tem nada de ilegal. Não existe outro Poder no estado que esteja mais devassado que a Assembleia de Alagoas. As contas da casa não têm como ser mais transparente do que já é. Estamos trabalhando pela dignidade e ética. Pedimos que aguardem o resultados das investigações do MP, pois nada de ilegal há nas contas", disse Toledo.

O presidente da Casa de Tavares Bastos voltou a comentar sobre a má interpretação dos documentos entregues ao Ministério Público Estadual pelo JHC. "Ele nunca procurou a mesa para tirar dúvidas antes de levar o documento ao Ministério Público. Após a denúncia, apresentamos ao MP a defesa, mostrando a legalidade do feito. Estamos mostrando cada uma das ações, não temos nada a temer", afirmou Fernando Toledo.

Caminhada

A manifestação teve início na Praça Dom Pedro II (em frente à Assembleia Legislativa), onde diversas categorias entre bancários, profissionais da saúde, educação e segurança pública se reuniram para comemorar os 30anos de CUT e denunciar os descasos com o serviço público em Alagoas.

Após a invasão da ALE, a maior parte dos manifestantes seguiram em caminhada ao Palácio República dos Palmares. Lá, eles fizeram uma vigília para cobrar valorização profissional para classe trabalhadora.

Uma audiência estava agendada com o Governador Teotônio Vilela Filho para discutir uma pauta única.

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