Espionagem na internet torna Marco Civil ainda mais urgente, dizem senadores

GEraldo Magela / Agência SenadoDenúncias de espionagem na rede exigem posição enérgica do Congresso, afirma Vital do Rego

Denúncias de espionagem na rede exigem posição enérgica do Congresso, afirma Vital do Rego

As revelações de que o governo americano tem violado o sigilo dos dados dos internautas brasileiros e tem espionado até a presidente da República, Dilma Rousseff, tornam ainda mais urgente a votação de um projeto que resguarde a privacidade e a segurança da internet. Essa é a opinião do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), autor do requerimento que levou a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) a se antecipar à chegada ao Senado do projeto de Marco Civil para Internet (PL 2.126/2011, na Câmara dos Deputados) e iniciar o debate sobre o assunto entre os senadores. Duas audiências já foram realizadas, a última nessa terça-feira (3).

– Os fatos atuais são desabonadores, mitigam nossa soberania e convocam o Congresso para uma posição enérgica em defesa do país, demonstram claramente como estamos atrasados no tempo e como estes anos de paralisia ou letargia na tramitação do marco civil na Câmara foram prejudiciais – avaliou Vital do Rêgo.

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que presidiu o debate desta terça, manifestou opinião semelhante.

– Tanto o Congresso Nacional quanto o Executivo precisam se movimentar. O que devemos tirar de ensinamento dessa espionagem é que o Brasil deve aperfeiçoar suas leis para que isso não aconteça – disse.

O PL 2.126/2011 foi elaborado pelos ministérios da Justiça, das Comunicações, da Ciência e Tecnologia e do Planejamento e encaminhado pelo governo depois de consulta pública. Na Câmara, o projeto passou por vários debates e chegou a receber mais de duas mil sugestões de emendas populares, de acordo com o relator, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ). A votação ainda não aconteceu por falta de acordo entre os deputados quanto a alguns pontos, como a conceituação de neutralidade da rede. As empresas de telecomunicação se opõem à redação atual, que as impedirá de comercializar pacotes que permitem o acesso apenas parcial à rede.

Fonte: Agência Senado

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