No G20, Obama vai a Dilma para explicar espionagem

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu explicar pessoalmente a prática de espionagem de seu governo à presidente Dilma Rousseff. O encontro será informal e deve ocorrer durante a cúpula do G20, que acontece nesta quinta e sexta-feira em São Petesburgo, na Rússia. A informação foi dada pelo assistente para segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, que não divulgou dia nem horário exatos da reunião.

Rhodes disse entender o "quão importante é o tema para os brasileiros". Mais cedo, porém, na primeira manifestação da Casa Branca sobre o assunto, ele afirmou esperar que "os brasileiros entendam qual é a exata natureza de nossa inteligência", sem dar mais esclarecimentos. Obama chegou à antiga capital russa nesta quinta-feira 5, preparado para receber críticas sobre as investigações e em meio à tensão sobre uma possível ação militar na Síria.

Dilma Rousseff cancelou o envio de uma equipe que iria para os Estados Unidos a fim de preparar seu encontro com Barack Obama, marcado para outubro. A atitude é um sinal de que a própria viagem pode ser cancelada, apesar de, formalmente, o Itamaraty afirmar que nada foi alterado na agenda. A presidente se diz extremamente "irritada" com as investigações e exige um pedido de desculpas do governo norte-americano.

Denúncias recentes do programa Fantástico, da TV Globo, revelaram que espionagens de agências americanas atingiam diretamente a presidente Dilma, por meio de e-mails e telefonemas, e seus assessores diretos. O presidente do México, Enrique Piña Neto, também foi alvo. Nesta quarta-feira 4, durante coletiva de imprensa em Estocolmo, na Suécia, Barack Obama insinuou que Dilma fosse uma "área de preocupação" de seu governo, uma vez que cidadãos comuns, segundo ele, não era espionados, mas apenas "algumas áreas de preocupação".

Fonte: Brasil 247.com

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