Seminário propõe incorporação do resultado dos projetos na prática do SUS

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Seminário propõe incorporação do resultado dos projetos na prática do SUS

Com a finalidade de incorporar o resultado dos projetos pesquisados por meio do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS) no cotidiano da saúde pública de Alagoas, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) realizou o II Seminário Estadual de Divulgação Científica. O evento aconteceu nesta quarta-feira (11), no auditório do Maceió Mar Hotel, no bairro Ponta Verde.

Com dados que visam contribuir com o SUS em Alagoas, o seminário foi uma oportunidade de apresentar os trabalhos realizados no PPSUS 2009-2011 e ainda discutir sobre a incorporação dos seus resultados. Segundo Luiz Marques Campelo, técnico da Coordenação-Geral de Fomento à Pesquisa em Saúde do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, as pesquisas do estado são reconhecidas pelo seu padrão de excelência.

“O Ministério da Saúde tem satisfação de estar em Alagoas, que desde 2002 mantém parceria com a pesquisa em saúde, pelo padrão de excelência das pesquisas realizadas. Qualidade que é fruto do trabalho da Sesau e Fapeal, que atuam no desenvolvimento e gestão do programa, demonstrando o comprometimento e a continuidade das atividades”, disse o representante do Ministério da Saúde.

De acordo com Fátima Lima, gerente de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde da Sesau, a ampliação da discussão da pesquisa em saúde em Alagoas é o grande desafio para promover a mudança de paradigma. Ela salientou, ainda, que a pesquisa em saúde não é um gasto, e sim um investimento.

“À medida que as pesquisas são desenvolvidas, os resultados otimizam a saúde local, inclusive diminuindo os custos. Nesse sentido, o PPSUS é um instrumento que nasce de uma gestão compartilhada, com foco na análise da situação de saúde, da qual são eleitas as prioridades da população”, esclareceu a gerente da Sesau.

A ausência dos gestores municipais é um dado preocupante, segundo Alice Ataíde, diretora de Planejamento Estratégico da Sesau. Ela explicou que a Ciência e a Tecnologia possui um desenvolvimento crescente em Alagoas, mas a falta de participação dos gestores municipais faz com que eles desconheçam o investimento de pesquisa em saúde realizado na cidade.

Um dos exemplos de pesquisa é a desenvolvida pela odontóloga Maria Aparecida Alencar, técnica da Secretaria Municipal de Saúde de Feira Grande. Ela abordou sobre a Doença de Huntington (distúrbio neurológico hereditário), por meio de um estudo de caso, sendo a única pesquisa brasileira a ser apresentada no Congresso de Neurologia, na Tchecoslováquia.

Ainda participaram da solenidade de abertura do seminário, o coordenador de pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Irinaldo Diniz; a coordenadora setorial de projetos especiais da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), Juliana Khalili; e o presidente do Conselho Estadual de Saúde de Alagoas (CES/AL), Benedito Alexandre.

Pesquisa em Saúde – Durante a solenidade de abertura do seminário, o chefe de gabinete da Sesau, Antônio de Pádua, evidenciou que é a partir de pequenas observações, que nascem as pesquisas – fortalecidas com a inovação tecnológica. Foi dessa maneira, observando a atuação das Equipes de Saúde da Família de Maceió, que a enfermeira Debóra de Souza, especialista em Saúde Coletiva, iniciou a pesquisa contemplada pelo PPSUS.

“O potencial criador e transformador do trabalho em saúde para reconfiguração do modelo de atenção” foi o tema escolhido pela pesquisadora, que atualmente desenvolve o projeto no doutorado da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto. Segundo ela, o estudo do descompasso entre a prática e o que é preconizado pelo Ministério da Saúde gerou dados interessantes para a pesquisa.

“Observamos que, a partir de um modelo de atenção, a prática cotidiana do profissional de saúde modifica o modelo aplicado na unidade de saúde. Isso porque se passa a atender as reais demandas da comunidade, e não mais a impor o cuidado focado na doença”, explicou Débora de Souza, a partir dos dados extraídos das entrevistas realizadas com 13 equipes que atuam em oito unidades de referência da capital.

Ainda segundo a pesquisadora, algumas potencialidades do trabalho realizado pela ESF podem ser destacadas, como a facilidade do acolhimento, o trabalho em equipe multiprofissional e a necessidade de uma tomada de decisão conjunta. Com isso, o profissional deve estar preparado para identificar o problema e encaminhar o paciente.

“Participar do PPSUS foi uma experiência maravilhosa e fico muito realizada de apresentar a pesquisa e contribuir com a saúde pública da cidade, podendo ajudar principalmente na configuração da educação permanente de Maceió”, disse a pesquisadora. Ela acrescentou que o financiamento do PPSUS ajudou nos custos de toda a pesquisa e ainda a divulgar o resultado do projeto em congressos.

Fonte: Ascom/Sesau

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