Unidade da Santa Casa de Maceió reforça tratamento de pacientes com câncer

Santa CasaOncologista Carolina Zau ressalta que a Unidade prepara a família para o momento da perda

Oncologista Carolina Zau ressalta que a Unidade prepara a família para o momento da perda

Desde agosto deste ano, a Unidade Cônego João Barbosa Cordeiro, instalada no terceiro pavimento da Unidade Docente Assistencial Professor Rodrigo Ramalho, na Praia do Sobral, no Prado, possibilita que os pacientes com câncer em estágio terminal tenham a oportunidade de fortalecer a relação familiar.

Segundo a oncologista Carolina Zau, várias ações são realizadas, junto com a equipe, para atender alguns desejos finais. “Semana passada aconteceu a realização da cerimônia religiosa de uma de nossas pacientes, cujo marido passava todos os dias com ela na Unidade e a noite ia trabalhar. Aos 39 anos e com duas filhas adolescentes, ela tem câncer de intestino e antes de ter alta preparamos tudo”, contou a oncologista.

Outro caso registrado foi o de uma paciente com câncer de fígado que teve seu aniversário comemorado na Unidade, junto com a equipe e seus familiares. Transferida da Santa Casa de Misericórdia, ela teve uma melhora no quadro, chegando a receber alta. “Um dos desejos dela era tomar banho de chuveiro, coisa que não fazia há dois meses. Em pouco tempo, após sua transferência para a Unidade, a fisioterapeuta deixou-a em condições, com o auxílio de uma cadeira de rodas, de voltar a praticar o ato tão simples para nós”, disse Carolina Zau.

Ainda de acordo com a especialista, casos como estes e de outras pessoas que ficam internadas na Unidade são comuns e muito estimulados. Aniversários, reencontros, visitas confortam os pacientes que sabem que terão pouco tempo de vida.

“Sempre tem alguém que abdica de tudo para cuidar de um familiar doente. Geralmente são as mulheres, já que o referencial feminino é muito presente nesses momentos. Da nossa parte, tentamos preparar a família para o momento da perda”, relatou.

Princípios dos cuidados paliativos

• Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispnéia e outras emergências oncológicas.

• Reafirmar vida e a morte como processos naturais.

• Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente.

• Não apressar ou adiar a morte.

• Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente.

• Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte.

• Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto.

Os pontos considerados fundamentais no tratamento são:

• A unidade de tratamento compreende o paciente e sua família.

• Os sintomas do paciente devem ser avaliados rotineiramente e gerenciados de forma eficaz através de consultas frequentes e intervenções ativas.

• As decisões relacionadas à assistência e tratamentos médicos devem ser feitos com base em princípios éticos.

• Os cuidados paliativos devem ser fornecidos por uma equipe interdisciplinar, fundamental na avaliação de sintomas em todas as suas dimensões, na definição e condução dos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, imprescindíveis para o controle de todo e qualquer sintoma.

• A comunicação adequada entre equipe de saúde e familiares e pacientes é a base para o esclarecimento e favorecimento da adesão ao tratamento e aceitação da proximidade da morte.

Fonte: Santa Casa

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