Assessor de Talvane Albuquerque ‘esquece’ fatos e chama testemunha de irresponsável

Alagoas24HorasJadielson (segundo da direta para esquerda) alegou 'esquecer' de tudo que havia dito em juízo

Jadielson (segundo da direta para esquerda) alegou ‘esquecer’ de tudo que havia dito em juízo

O assessor do ex-deputado Talvane Albuquerque, Jadielson Barbosa da Silva, apontado pela irmã de Ceci Cunha como um dos executores dos familiares, negou todas as acusações que lhe foram imputadas, inclusive suas declarações concedidas durante o depoimento na Comissão de Ética da Câmara Federal, que resultou na cassação do então deputado Talvane Albuquerque. O depoimento ocorreu durante toda a manhã desta terça-feira, dia 17, no Auditório Pedro Acioli, do Fórum Federal.

Jadielson negou, inclusive, informações concedidas em depoimentos à Polícia Civil e à Justiça. Segundo o assessor, ele não se lembra da maioria dos fatos relacionados ao crime. As únicas exceções se deram quando Jadielson afirmou que nunca houve qualquer tipo de animosidade entre Talvane Albuquerque e Ceci Cunha.

O ex-assessor, que disse hoje morar fora do Estado de Alagoas por não conseguir se sustentar em Arapiraca, negou todas as afirmações – feitas em juízo – por Mendonça Medeiros e Maurício Novaes (Chapéu de Couro), que apontam Jadielson como a pessoa responsável pelo planejamento e execução do crime.

Jadielson ainda negou, mesmo diante da confirmação de dois funcionários do ex-deputado Talvane Albuquerque, que teria chegado à casa do ex-parlamentar momentos após o crime na companhia de Mendonça Medeiros e Alécio César Alves Vasco. Segundo os autos, o trio teria sido reconhecido pelo caseiro Romão Batista Soares da Silva e Manoel Correia da Silva, o Manezão, que prestava serviços à família de Talvane.

Quanto aos detalhes, como contratação de pistoleiros, pesquisa sobre a rotina da deputada Ceci Cunha, que teria sido flagrada por testemunhas, o assessor também disse não se lembrar ou negou todos os detalhes do plano, inclusive a declaração de que “conseguiria um mandato de qualquer forma para Talvane Albuquerque”.

O assessor, apontado como o elemento que entrou na residência da família de Ceci Cunha com uma espingarda, mesmo calibre que matou a parlamentar, chamou a irmã da deputada, Claudinete Maranhão, de ‘irresponsável’ ‘por colocar em xeque a vida de uma pessoa’, numa alusão a si mesmo. Jadielson disse que Claudinete foi ‘orientada’ pela acusação para apontá-lo como um dos assassinos.

Quanto às declarações dadas durante a Comissão de Ética da Câmara, Jadielson disse que foi pressionado pelos deputados e que estava mentalmente cansado e por isso confirmou para ‘acabar logo’.

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