Lixo da era Almeida mais caro que segurança e assistência social

Prefeito de Maceió, Cícero Almeida
Prefeito de Maceió, Cícero Almeida

A terceira cidade mais violenta do mundo- Maceió- vai gastar no orçamento previsto para este ano mais dinheiro com o recolhimento do lixo que nas áreas social e segurança pública juntas. São R$ 40 milhões a mais que vão para as contas de empresas investigadas pelo Ministério Público Estadual no maior esquema de desvio de verba pública na administração municipal.

No orçamento sancionado pelo prefeito Cícero Almeida (PP), a Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum) tem previsão de gastos, em 2012, de R$ 155,2 milhões (exatos R$ 155.298.260). É um acréscimo de quase R$ 40 milhões (exatos R$ 37.864.038), em relação ao orçamento executado pela Pasta, no ano passado: R$ 117,4 milhões (exatos R$ 117.343.222).

A injeção de dinheiro na superintendência é bem maior que nas áreas de assistência social e segurança pública- juntas. É como se varrer a sujeira virasse prioridade do prefeito de Maceió, que se diz forrozeiro, motorista de táxi, radialista e mais uma lista de coisas.

A Secretaria de Segurança Comunitária e Cidadania terá orçamento de pouco mais de R$ 3 milhões (R$ 3.027.700)- 55 vezes menor que o da Slum. A secretaria- que ano passado era de Direitos Humanos- perdeu dinheiro em um ano. Em 2011, o orçamento dela era de R$ 5,2 milhões (exatos R$ 5.247.464)- perdeu R$ 2,2 milhões (exatos R$ 2.219.764).

Chama a atenção que Maceió é apontada, pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal – divulgados no dia 13- como a terceira cidade mais violenta do mundo. E acima da capital alagoana estão San Pedro Sula, em Honduras, e Juárez, no México.

Isso significa que a capital alagoana é a terceira que mais mata no mundo. É líder no Brasil em assassinatos.

O futuro secretário será o ex-superintendente municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), José Pinto de Luna. Ele está viajando e deve falar sobre o futuro cargo quando voltar a Alagoas.

“O combate à violência, todos sabem, é missão do Estado. O município tem que dar apenas uma mera contribuição, que é trabalhar o social e isso nós estamos fazendo", disse o prefeito Cícero Almeida (PP)- ao justificar uma propaganda na TV, em que pede união no combate à onda da violência.

“As parcerias com a saúde, educação e ação social existem entre o Estado e o município. Ambos têm, sim, uma responsabilidade no combate à violência, mas atuando em áreas diferentes. O combate ostensivo não é a nossa atribuição. Nossa responsabilidade é realizar ações na área social”, disse Almeida.

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