Equipe do “Crack, é possível vencer”
As ações de saúde a serem implantadas pelo programa “Crack, é possível vencer” foram discutidas nesta quarta-feira (8), em reunião de trabalho com técnicos do governo federal e das Secretarias de Estado da Saúde (Sesau) e Municipal de Saúde de Maceió. O evento, que aconteceu no Hotel Radisson, avaliou propostas de cuidado e prevenção, além de combate ao narcotráfico.
Um dos pontos debatidos na área de tratamento foi a criação de novos Consultórios na Rua e a reestruturação dos já existentes. Atualmente, Maceió conta com quatro desses consultórios para atender à população em situação de risco e vulnerabilidade social. Até 2014, mais quatro devem ser implementados na capital – os dois primeiros ainda este ano.
Além disso, também foi estudada a criação de enfermarias especializadas para receber usuários de drogas. Segundo a técnica do Ministério da Saúde (MS) Adriana Poser, Alagoas deve ganhar novos leitos. “Há uma necessidade de hospitais gerais para receber essa demanda e não os psiquiátricos. Vamos pensar uma proposta nesse sentido”, disse ela.
Durante a reunião – que contou com a participação do secretário de Saúde, Alexandre Toledo –, os gestores discutiram ainda a ampliação das unidades de acolhimento e dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), inclusive com a criação de um Caps Álcool e Drogas 24 horas. “Vimos que isso seria importante e o MS tem disponibilidade para ajudar”, acrescenta a técnica do ministério.
PrevençãoM
Na área de prevenção, foram debatidas, entre outros pontos, a promoção de cursos sobre prevenção de drogas voltados para educadores e para os Centros Regionais de Referência (CRRs), a ampliação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e a realização de capacitações para técnicos de Saúde e Assistência Social.
Nesta última, que deve acontecer ainda no segundo semestre de 2012, serão disponibilizadas 600 vagas, sendo 400 para a Saúde e 200 para a Assistência Social. Para programar as atividades, os técnicos dos governos federal, estadual e municipal debateram um cronograma com as três vertentes tratadas no programa “Crack, é possível vencer”.
De acordo com o superintendente de Atenção à Saúde da Sesau, Sival Clemente, o encontro serviu para que fossem avaliadas as medidas a serem adotadas pelo órgão. “Vamos trabalhar em parceria com o município para ampliar, equipar e melhorar os serviços de saúde oferecidos no acolhimento e nos cuidados com os usuários de drogas”, disse.
Ele acrescenta que, nessa frente, serão trabalhados os Caps AD e as casas de acolhimento. “Temos quatro Caps AD e a proposta é que cheguemos a oito, além das cinco casas de acolhimento, que vão receber o usuário e trabalhar na desintoxicação desse usuário”, expõe o superintendente de Atenção à Saúde, lembrando ainda a importância da participação dos vários órgãos.
“Essa discussão é interessantíssima para o MS. Pudemos escutar e ver de perto como Alagoas e Maceió estão trabalhando, principalmente com relação aos Caps. Isso será importante na construção do plano do ‘Crack, é possível vencer’ para o Estado. Agora resta vermos os desafios a serem superados e como o ministério poderá ajudar”, disse a técnica Adriana Poser.
Além da parte de saúde, também foram discutidas na reunião as ações para a assistência social, principalmente com relação aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). O combate ao narcotráfico foi discutido separadamente, em reunião com autoridades da área de segurança pública.
