Integrantes de movimentos sociais se reúnem neste momento na Praça Deodoro, no Centro da Maceió, em protesto à decisão judicial que delibera o reajuste da passagem de ônibus urbano. De acordo com o presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT), Isaac Jacson, não somente a população foi surpreendida com a decisão do desembargador Washington Luiz Freitas, como também às lideranças de movimentos sociais, e a própria prefeitura.
Certa de que o aumento não é uma necessidade real, a CUT deverá ingressar até o final da tarde desta quarta-feira (29) com mandado de segurança que pede a reavaliação da decisão do Tribunal de Justiça (TJ/AL). Dados repassados pela CUT dão conta de que, com o aumento, Maceió passa a ter a terceira tarifa mais cara do nordeste e a mais cara do Brasil por quilômetro rodado.
Apenas as cidades de Recife e Salvador apresentam uma tarifa mais alta do que os atuais R$ 2,30 cobrados pelas empresas de transporte de Maceió. O fato de Maceió não ter um terminal de transporte é um agravante que torna mais barato alguns percursos intermunicipais como Rio Largo/Forene do que itinerários dentro da própria cidade.
Para o presidente da CUT, a decisão do Desembargador Washington Luiz foi “impensada e irresponsável”. Os manifestantes dizem que ordem judicial não se discute em púlpito e por essa razão a briga deve correr judicialmente.
Estudantes da Ifal membros da UNE e UBES invadiram a Praça Deodoro cantarolando palavras de ordem: “Boi, boi, boi. Boi da cara preta se a passagem aumentar eu pulo a roleta”; “O dinheiro do meu pai não é capim, eu quero passe livre sim”; “O povo não é bobo, aumento da passagem é roubo!”.
Durante coletiva à imprensa, a Transpal voltou a se defender dizendo que a tarifa está defasada. A Câmara de Vereadores estuda a implementação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a necessidade de aumento e a própria Transpal.
Amanhã deverá ocorrer nova movimentação em frente ao Tribunal de Justiça.