Duas fortes explosões atingiram neste sábado dois edifícios das forças de segurança do governo sírio, no centro de Damasco, matando ao menos 27 pessoas, entre policiais e civis. A agência de notícias oficial classificou as explosões como "terroristas" e atribuiu sua autoria a membros das forças rebeldes ao governo do presidente Bashar al-Assad. No local, a televisão síria mostrou imagens de corpos carbonizados e diversos destroços materiais, além de grandes colunas de fumaça saindo dos locais dos atentados.
A primeira explosão teve como alvo a sede da Inteligência Aérea, situada no norte da capital síria. A segunda explosão foi ouvida por volta das 7h40 locais (2h40 de Brasília) em um edifício da Segurança Criminal, no oeste da cidade.
— Nós escutamos uma grande explosão. Nesse momento, as portas de nossa casa explodiram, mesmo estando a uma certa distância do local da explosão —disse uma testemunha com a cabeça enfaixada ao canal de TV estatal da Síria. Um médico da Cruz Vermelha da região que pediu anonimato assegurou que pelo menos 40 pessoas ficaram feridas, algumas delas com gravidade.
As explosões ocorrem dois dias após o primeiro aniversário do início dos levantes das forças rebeldes sírias na tentativa de retirar o presidente Bashar al-Assad do poder. Mais de oito mil pessoas já foram mortas e cerca de 230 mil deixaram suas casas durante o período, de acordo com estimativas da ONU. Ontem, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, declarou sua intenção de enviar nos próximos dias uma missão técnica à Síria para continuar conversas com as partes do conflito para encontrar uma solução para a crise.
Crédito: AFP
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