Cisne Branco volta a Alagoas em abril

Visitação será entre os dias 06 e 09 de abril, das 14h às 18h.

DivulgaçãoVisitação será entre os dias 06 e 09 de abril, das 14h às 18h.

Visitação será entre os dias 06 e 09 de abril, das 14h às 18h.

No período de 06 a 10 de abril do corrente ano, estará em visita ao Porto de Maceió o majestoso Navio Veleiro (NVe) “Cisne Branco” da Marinha do Brasil, que retrata uma cópia fiel dos mais rápidos veleiros do século XIX – os lendários “Clippers”. Durante sua estadia nesta capital, o NVe “Cisne Branco”, comandado pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Nelson Nunes da Rosa, encontrar-se-á atracado no Cais
Comercial do Porto de Maceió.

Um pouco da história do navio

A Marinha do Brasil incorporou seu navio veleiro, uma galera de três mastros, em 4 de fevereiro de 2000. Batizado de Navio Veleiro (NVe) “Cisne Branco”, teve sua construção baseada nos projetos dos últimos "Clippers" do século XIX. O nome “Clipper” deriva do verbo inglês “To Clip”, que significa mover-se rapidamente. Foi usado genericamente, para batizar uma casta de embarcações longas e estreitas, inventadas no século passado, com missão de superar a lentidão das antigas embarcações com propulsão à vela. A abertura do
Canal de Suez e o advento dos vapores – lentos, mas economicamente vantajosos, representaram uma sentença de morte para os “Clippers”.

Ele já estava virando peça de museu (o lendário “Cutty Sark”, por exemplo, até hoje permanece conservado numa doca em Greenwich, na Inglaterra, onde pode ser visitado), quando foi salvo pela paixão
de um amador e iatista sueco, chamado MIKAEL KRAFT, que mandou ressuscitar a tecnologia “Clipper” num estaleiro de Langerbrugge, na Bélgica.

Foi construído em Amsterdã, Holanda, sobre a supervisão da Marinha do Brasil. Com 76 metros de comprimento, 32 velas e 52 tripulantes, tem capacidade de embarcar até 31 tripulantes em treinamento.

A concepção de construção e emprego de um navio de treinamento mudou consideravelmente, principalmente devido aos avanços de tecnologia e sofisticação nos navios de guerra. Os navios veleiros "Guanabara", até 1962, e "Almirante Saldanha", até 1964, foram os últimos que navegaram com a bandeira brasileira.

O “Cisne Branco” foi construído baseado na idéia de que tivesse todos os sistemas de tecnologia avançada, realizando, porém, todas as manobras de convés e vela exatamente como ocorriam no século XIX, mantendo assim as mais antigas tradições de marinharia. Laboram suas velas cerca de 18 km de cabos, manobrados manualmente em trabalho de equipe, faina de elevado conteúdo profissional que preserva as antigas tradições dos heróicos e históricos veleiros.

Em 2000, o NVe “Cisne Branco” participou das comemorações relativas aos 500 anos de descobrimento do Brasil, realizando a travessia do Oceano Atlântico exatamente como Pedro Álvares Cabral havia feito. Além de ser um dos motivos para a aquisição do navio, foi um bom exemplo de como o navio pode ser utilizado para desenvolver e
promover as tradições navais brasileiras.

Grandes eventos náuticos ocorrem freqüentemente em diversos países ao redor do mundo. Tais eventos têm a capacidade de reunir grande parte da comunidade marítima internacional. A participação de um navio de época, como o “Cisne Branco”, nesses eventos proporciona ao Brasil uma ótima oportunidade de mostrar a cultura brasileira,
tradições e capacidades da Marinha.

O NVe “Cisne Branco” também é utilizado para o treinamento de todo o pessoal em formação na Marinha do Brasil, principalmente os Aspirantes da Escola Naval. Também podem embarcar alunos das Escolas de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.

Apesar de toda a tecnologia empregada na Marinha moderna, a essência da marinharia continua a ser requisito fundamental para aqueles que têm o mar como ambiente de trabalho. A bordo do NVe “Cisne Branco” as mais diversas atividades relativas à vida no mar são desenvolvidas. Manobras de vela, tarefas nos conveses, navegação e marinharia são somente algumas delas. A constante interação com a
natureza ensina aos tripulantes em treinamento a respeitar o mar e também lhes dá a confiança que só os que já o enfrentaram podem ter.

Os exercícios de subida na mastreação exercitam a capacidade de vencer desafios e reforçam a auto-estima. Os trabalhos nos conveses e as fainas nas vergas ensinam o valor do trabalho em equipe e a
importância em desenvolver a confiança no companheiro.

Em suma, o NVe “Cisne Branco” é um veleiro completo, que contribui para o endoutrinamento dos homens do mar.

A Origem do nome ‘Cisne Branco"

“Cisne Branco” é o nome do hino da Marinha do Brasil, a canção do marinheiro. A letra do hino faz uma analogia entre a beleza e graça de um cisne branco e uma galera navegando. Sendo um navio veleiro armado em galera e um símbolo das mais caras tradições navais, naturalmente o nome foi definido. A figura do cisne também representa "boa sorte" e "feliz travessia" na simbologia heráldica.

Tudo no Cisne Branco é Superlativo

Para tudo funcionar em perfeito sincronismo, a tripulação é dividida por mastro. Um grupo fica responsável pelo mastro da frente – o traquete, outro, pelo mastro do meio – mastro grande, e um terceiro pelo mastro da popa, que é o da gata. Na operação, passando por 1.830 moitões, são acionados 18 mil metros de cabo de polipropileno com
estilo de sisal; ou seja, tingidos de marrom, para parecerem envelhecidos. Estes cabos são travados em nada menos que 300 malaguetas de três tipos diferentes, uma parte de aço, para os cabos que oferecem perigo (mantilhos e ostagas); outra, do mesmo
tamanho, de madeira, para prender as escotas e as amuras; e uma terceira, menor de madeira, para apoiar os cabos que se pode mexer sem risco.

Os materiais e formatos diferentes têm o propósito de evitar acidentes durante as operações de emergência. “As malaguetas de aço transmitem uma sensação térmica diferente. São frias. Ao tocá-la, durante uma manobra de emergência à noite, ou sob tempestade, o marinheiro sabe que está em contato com um cabo de força, e não
cometerá um erro”, explica o Oficial Encarregado da Divisão de Convés.

O comprimento do navio veleiro, 245 pés (ou 76 metros entre a proa e a popa), supera o de um Boeing 747-400, que mede 70,6 metros.

Seu eixo vertical de 46,40 metros, medido entre a linha d’água e a ponta mais alta do mais alto dos mastros, corresponde a um prédio de 15 andares.

E para alimentar o motor CATERPILLAR de 1.001 HP (consumo de 180 litros por hora), seu tanque de combustível leva nada menos que 50.700 litros de óleo, o suficiente para abastecer 350 caminhões – dos grandes.

Para navegação, possui um sofisticado equipamento de comunicação via INMARSAT (rede de satélites), que permite a transmissão de vozes e dados, um telefone de alcance global, dois radares, dois GPS, dois rádios HF, dois VHF e um sistema interno de comunicação por alto falante e rádio.

O primeiro “Clipper” com bandeira brasileira também leva a bordo uma tanque com capacidade para 38 mil litros de água, suficiente para o consumo da tripulação durante cinco dias, e um dessalinizador com capacidade para transformar 12.000 litros/dia de água salgada em água potável.

Dimensões

Comprimento -76,00 metros;
Boca máxima – 10,50 metros.
Altura do mastro grande – 46,40 metros;
Calado máximo – 4,80 metros;
Deslocamento – 1038 Ton;
Bow Thruster – 402 hp.

Pessoal

10 oficiais
01 Capitão-de-Mar-e-Guerra,
01 Capitão-de-Fragata,
02 Capitão-de-Corveta
05 Capitão-Tenente
1 1 Tenentes
50 praças

Propulsão

Armação: Galera
Área Vélica (máxima): 2.195 m2
Velas redondas: 15
Velas latinas: 10
Velas auxiliares: 6
Vela de mau tempo: 1
Velocidade máxima à vela: 17,5 nós (32 km/h)
Propulsão Auxiliar: 1 Motor Diesel 1.001 Hp
Velocidade máxima a motor: 11 nós (20 km/h)

Visitação Pública

O Navio estará aberto à visitação pública gratuita nos dias 06 a 09 de abril, no período das 14 às 18 horas.

Fonte: Ascom

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