Militares realizam apitaço na SDS e são recebidos na ALE

Vanessa Alencar/Alagoas24horas

Policiais militares estiveram na ALE nesta terça-feira

Durante o apitaço realizado na tarde desta terça-feira, 03, os militares alagoanos afirmaram que os assassinatos de policiais militares ocorridos nos últimos meses são reflexo da violência em Alagoas.

Os policiais estiveram na Secretaria de Defesa Social (SDS) e na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) para cobrarem, entre outras coisas, a regulamentação do Serviço Extra Voluntário (SEV) pelo Governo de Alagoas. De acordo com a categoria, alguns policiais estavam fazendo bicos para particulares quando foram executados e o SEV prevê que o militar trabalhe voluntariamente para PM em "prol" da sociedade.

Com o SEV, os policiais e bombeiros acabarão com o bico para particulares e trabalharão voluntariamente para as corporações por até 30 horas mensais.

"Estamos passando por um momento triste. A violência é gritante e as autoridades devem unir forças para combater a criminalidade que assola o estado de Alagoas", disse o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida.

Em menos de dois meses quatro policiais militares foram assassinados em Alagoas. O primeiro crime aconteceu no dia 14 de fevereiro, quando o sargento da reserva da Polícia Militar, Jorge Carlos Pereira Rodrigues, de 55 anos, foi morto a tiros ao sair de uma agência bancária no Farol.

No dia 15 de março, o PM Valter Sá de Carvalho foi executado dentro de um micro-ônibus em Atalaia. Em menos de 15 dias, o sargento Cícero Soares de Melo também foi morto a tiros na Santa Lúcia.

Na última segunda-feira, 02, outro militar foi morto. Desta vez, o tenente da reserva Manoel Cavalcante da Silva, de 56 anos, foi assassinado dentro de um ônibus intermunicipal em Campo Alegre.

Apitaço

O apitaço teve início por volta das 15h e seguiu pelas ruas do Trapiche e Centro até a Praça Dom Pedro II. Na ALE, as lideranças militares se reuniram com o deputado estadual Joãozinho Pereira (PSDB) para pedir que o Código de Ética da PM não seja aprovado pela Casa de Tavares Bastos.

Ainda segundo o sargento Teobaldo, todas as terças-feiras os policiais irão à ALE para cobrar dos deputados a não aprovação do Código de Ética.