Na sessão ordinária desta terça-feira, 10, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o deputado Judson Cabral (PT) usou a tribuna da Casa para denunciar que o gari Pedro Bernardo da Silva Filho, 26, atropelado no dia 26 de março passado enquanto trabalhava, foi vítima de negligência no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi conduzido após o acidente.
“Estive no hospital e constatei a situação vexatória que a vítima enfrentou. O médico argumentava que não tinha tempo de tratá-lo e mandava uma auxiliar de enfermagem para fotografar a sua perna e, assim, orientar o tratamento”, denunciou o parlamentar, acrescentando que, para garantir um melhor atendimento, Pedro Bernardo foi transferido para o Hospital do Açúcar, onde permanece internado.
“Por força do choque, a vítima teve que amputar a perna até o joelho, porém, por conta de uma negligência, teve que fazer outra cirurgia devido a uma necrose, a um descaso do hospital”, afirmou Cabral, acrescentando que um advogado foi contratado para defender os direitos do gari, que pretende processar o Estado e a empresa onde trabalha, a Viva Ambiental, que não teria prestado assistência ao funcionário após a tragédia.
“O HGE precisa de investimentos e as prefeituras precisam fazer a sua parte no atendimento à saúde, evitando a superlotação do hospital, mas é preciso ter a saúde como prioridade, coisa que o estado não faz”, desabafou o parlamentar nas redes sociais.
Na quarta-feira passada, dia 4 de abril, o gari passou por um novo procedimento cirúrgico na perna amputada, realizado no Hospital do Açúcar. Uma campanha realizada nas redes sociais está angariando doações para o jovem por meio dos telefones (82) 3033-7862; 3327-9082; 96373345 e 99787806.
O acusado de atropelar Pedro Bernardo, João Paulo Barbosa Silva, de 30 anos, conduzia um Classic, de cor prata e placa MOI 7638/AL. Segundo o relatório do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) o motorista apresentava sinais de embriaguez e foi autuado em flagrante por embriaguez ao volante e lesão corporal.
Ele foi liberado após o pagamento de fiança no valor de R$ 6 mil.
