Caso Fábio Acioli: acusados de homicídio vão a júri popular

Juiz Maurício Brêda
Juiz Maurício Brêda

Carlos Eduardo Souza e Wanderley do Nascimento Ferreira, acusados de autoria material do sequestro seguido de morte do estudante Fábio Acioli, ocorrido em agosto de 2009, irão a júri popular. Pela sentença do juiz Maurício Brêda, da 9ª Vara Criminal da Capital, os acusados devem ainda permanecer em prisão preventiva.

Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio duplamente qualificado no processo que corre em segredo de justiça.
A princípio, a decisão do magistrado não atinge o servidor público Rafael Cícero de França, que teria participado do crime atraindo Fábio Acioli para a região da praia de Cruz das Almas, onde ocorreu o sequestro, uma vez que as investigações ainda prosseguem em relação a autoria intelectual do crime.

Ainda este mês, testemunhas e declarantes serão ouvidos pelo juiz.
Wanderley do Nascimento, que estava foragido do Sistema Prisional de Alagoas desde novembro do ano passado, foi recapturado nesta semana durante uma abordagem de rotina no Centro da cidade de São Paulo e será trazido novamente para Maceió.

O crime

Fábio foi sequestrado no dia 11 de agosto de 2009 em um coqueiral do bairro de Cruz das Almas, por dois homens armados. Ele foi levado em seu veículo, um Pegeout de placa MUH 6407/AL, até um canavial no Complexo Benedito Bentes, onde foi agredido e teve quase 90% do corpo queimado.

O carro de Fábio foi carbonizado e abandonado em uma estrada de barro em Jacarecica. O jovem morreu dias depois em decorrência das queimaduras, em um hospital de Recife, em Pernambuco.

O crime bárbaro, a crença na participação de pessoas influentes no assassinato e o fato de os autores intelectuais nunca terem sido apontados oficialmente, causou revolta na opinião pública que, até hoje, cobra o esclarecimento do caso.

A data do julgamento dos autores materiais ainda não foi definida.

Fonte: Ascom MPF/AL

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