Deputados recusam participação na CPI da Pistolagem

JHC afirmou que aguarda agora que a presidência da Casa anuncie quais nomes irão substituir os deputados “desistentes”.

A “novela” acerca da composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pistolagem prossegue na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Na tarde desta quarta-feira, 18, os deputados Marcelo Victor (PTB) e Luiz Dantas (PMDB), que tiveram os nomes indicados pela Mesa Diretora como integrantes da comissão, informaram que não têm interesse em participar da investigação.

Além de Marcelo Victor e Luiz Dantas, segundo publicado hoje no Diário Oficial, a comissão seria composta pelo autor da proposta, João Henrique Caldas (PTN), Nelito Gomes de Barros (PSDB) e Dudu Hollanda (PSD).

Em entrevista à imprensa, Marcelo Victor alegou que o arquivamento do suposto plano para assassinar os deputados Dudu Hollanda e Maurício Tavares (PTB), esvaziava a CPI. Para justificar a negativa em integrar a comissão, o parlamentar disse também que não era delegado de polícia para investigar crimes.

JHC afirmou que aguarda agora que a presidência da Casa anuncie quais nomes irão substituir os deputados “desistentes”. As vagas podem ser preenchidas pelos suplentes da CPI, deputados Jota Cavalcante (PDT) e Marquinhos Madeira (PT) ou novos nomes podem ser indicados pela Mesa Diretora.

Durante entrevista após a sessão ordinária, JHC também disse que apenas Dudu Hollanda e Maurício Tavares deveriam ser impedidos de participar dos trabalhos investigativos, já que ambos seriam os alvos da suposta trama em que se baseia a CPI da Pistolagem.

“Descoberta” em dezembro passado, a suposta trama para executar Dudu Hollanda e Maurício Tavares, a mando do então deputado Cícero Ferro (PMN), nunca foi provada. Segundo informações divulgadas à época, os deputados seriam mortos durante a festa de réveillon.

O suposto plano, no entanto, não foi confirmado pelas autoridades policiais e até mesmo um documento, que reproduziria o depoimento do ‘contratado’ como um dos executores da dupla, teve a sua veracidade negada.

No dia 11 de abril, em mais um capítulo da CPI da Pistolagem, o deputado Judson Cabral (PT) proferiu um duro discurso na ALE ao responder às cobranças de JHC em relação à indicação de nomes para integrar a comissão: “Essa Casa não tem credibilidade para esse tipo de CPI”, disparou, acrescentando que não tinha vocação para investigação policial.

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