Anestesistas: cirurgias apenas com determinação judicial

Amanhã categoria decide futuro em assembleia.

Os anestesistas de Alagoas decidiram ‘radicalizar’ e só realizam cirurgias pelo Sistema Único de Saúde com ordem judicial. Segundo o presidente da Coopertaiva de Anestesistas de Alagoas, Dário Braga, a medida é para pressionar os secretários de saúde do estado e do município, Alexandre Toledo e Adeilson Loureiro, que estagnaram as negociações com a categoria desde o mês passado.

“Estamos orientando os pacientes a procurar a Defensoria Pública. Desde segunda-feira decidimos radicalizar e só iremos atender com ordem judicial. A medida também inclui os casos de urgência dos hospitais que atendem pelo SUS. Somente HGE, Santa Mônica e HU permanecem com o atendimento”, explicou Braga.

O advogado da Cooperativa, Rodrigo Fontan, explicou que os pacientes estão sendo encaminhados para a Defensoria por que, segundo ele, a decisão dos médicos obriga o Estado a solucionar o problema. “Se estas pessoas não são atendidas é responsabilidade do Estado que não quer pagar o valor reivindicado pela categoria. A má gestão dos recursos destinados à saúde levou os médicos a tomarem esta decisão. As negociações estão paradas e a situação pode ficar ainda mais difícil”, falou o advogado se referindo à ameaça dos médicos de se descredenciar do sistema.

“Todos os anestesistas do Agreste e do Sertão já se descredenciaram. Amanhã iremos realizar uma assembleia e o restante dos colegas devem aderir ao descredenciamento”, afirmou Braga. Segundo o presidente, mais de cinco mil cirurgias deixaram de ser feitas desde o dia 14 de março, quando a categoria decretou greve. “Ao se descredenciarem os anestesistas não terão obrigação legal nenhuma com estes pacientes do SUS. A população é quem mais irá sofrer”, explicou Fontan.

Braga ainda chamou os secretários de omissos e lembrou que sem a ficha dos anestesistas os hospitais ficam impedidos de realizar os procedimentos cirúrgicos e de receber os repasses.

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