Bancos públicos e privados são multados por deficiência na segurança

Falhas na segurança bancária fizeram com que a Ccasp (Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada) arbitrasse multas no total de R$ 808,9 mil a seis bancos públicos e privados. As irregularidades indicam risco para trabalhadores e clientes.

A Ccasp é composta por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empresários. Segundo Ademir Wiederkehr, representante da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) no colegiado, as multas comprovam que os bancos continuam tratando com descaso a segurança das agências.

Os processos encaminhados pelas delegacias estaduais de segurança privada tiveram como parâmetro as determinações da Lei 7.102/83, que estabelece normas para proteção dos estabelecimentos financeiros.

Foram constatados um número de vigilantes insuficiente, alarmes inoperantes, planos de segurança não renovados e utilização de bancários no transporte de valores.

Os três maiores bancos privados receberam as multas mais altas: Bradesco (R$ 318,1 mil), Itaú Unibanco (R$ 160,5 mil) e Santander (R$ 156,4 mil).

Foram multados também o Banco do Brasil (R$ 120,6 mil), Mercantil do Brasil (R$ 42,5 mil) e Banco do Nordeste (R$ 10,6 mil). A campeã de multas foi uma agência do Bradesco em Rio Branco, no Acre, arrolada em nove processos e multada em R$ 127,6 mil.

Conforme dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 50,7 bilhões no ano passado e investiram apenas R$ 2,6 bilhões (5,2% do lucro) em segurança e vigilância.

Mas esses números são contestados pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que garante que os bancos cumprem as determinações da Lei 7.102/83, de acordo com planos de segurança previamente submetidos à PF (Polícia Federal). Além disso, diz que “as falhas apontadas são pontuais, em boa parte de natureza meramente administrativa, sem espelhar uma redução dos padrões e procedimentos de segurança seguidos pelas instituições financeiras”.

Fonte: R7

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