Exclusivo: ‘Contradições de garçom me inocentam’, diz Márcio Raposo

Alagoas24horasEmpresário se pronuncia após depoimento à justiça

Empresário se pronuncia após depoimento à justiça

Quase três anos após o crime que vitimou o estudante Fábio Acioli, o empresário Márcio Raposo – apontado por uma testemunha como o autor intelectual – falou com exclusividade à reportagem Alagoas24Horas. Se dizendo tranquilo quanto a não ter qualquer envolvimento com a vítima, o empresário acredita que as contradições de seu ‘acusador’ por si só irão provar sua inocência.

Por quase duas horas, Raposo conversou com a reportagem em seu escritório, à beira-mar do bairro de Ponta Verde. O empresário alega que a audiência realizada ontem, 26, foi fundamental para derrubar qualquer suspeita levantada pela principal testemunha do caso, o garçom Marcos Aurélio Fernandes Souza – que foi incluso no Programa de Proteção à Testemunha.

“No depoimento de ontem, o garçom [Marcos Aurélio] novamente se contradisse. Ele mentiu seis vezes e se contradisse oito”, ressaltou Raposo.

Marcos Aurélio chegou a apontar o empresário como o mandante do crime. Ele alegou – informações que constam no depoimento à Justiça – que Raposo teria um relacionamento com o estudante e teria presenciado quando os supostos pistoleiros receberam a quantia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil para assassinar Fábio Acioli. Ainda segundo a testemunha, Fábio Acioli foi assassinado porque estaria extorquindo o empresário por dinheiro e em troca de um alto cargo na empresa.

Márcio Raposo afirma não conhecer Marcos Aurélio, muito menos ter ouvido falar do estudante antes do crime ter repercutido na imprensa local. Questionado sobre os motivos que levaram o garçom a apontar seu nome no processo, o empresário disse não saber, mas acredita que Aurélio queria se beneficiar financeiramente do programa de proteção, uma vez que não teria emprego.

“Ele chegou a dizer que eu teria dormido com o estudante na Ilha Paraíso em junho de 2009, só que sua versão foi derrubada mais uma vez… Primeiro porque o dono do espaço confirmou em depoimento que ele não trabalhava mais nesse período no local e ainda neste mesmo período eu estava enfermo, me recuperando de um acidente, impossibilitando qualquer passeio”, disse.

“As próprias contradições do garçom vão comprovar minha inocência. Além disso, eu fui ‘salvo’ pelo meu acidente. Eu quebrei várias costelas e devido à baixa de defesa contraí herpes zóster”, completou.

O empresário disse ainda que acredita que o fim do segredo de Justiça no processo venha a esclarecer os fatos e pôr fim aos boatos acerca do caso.

“Depois dos depoimentos de ontem, acredito que a verdade virá à tona. Esse Marcos Aurélio é mitomaníaco [que sofre de tendência impulsiva para a mentira] e agora tudo será esclarecido. Ele está querendo levar a Justiça para longe do real caso”, encerrou.

O crime

Fábio Acioli foi sequestrado no dia 11 de agosto de 2009 em um coqueiral do bairro de Cruz das Almas, por dois homens armados. Ele foi levado em seu veículo, um Pegeout de placa MUH 6407/AL, até um canavial no Complexo Benedito Bentes, onde foi agredido e teve quase 90% do corpo queimado.

O carro de Fábio foi carbonizado e abandonado em uma estrada de barro em Jacarecica. O jovem morreu dias depois em decorrência das queimaduras, em um hospital de Recife, em Pernambuco.

Duas pessoas estão presas e denunciadas como autores materiais do crime. A autoria intelectual do crime nunca foi esclarecida.

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