Deputado João Henrique Caldas diz que CPI da Pistolagem está sendo ‘boicotada’
O deputado João Henrique Caldas (PTN) acredita que há comando da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Estado (ALE) na tentativa de ‘boicotar’ e ‘manobrar’ as articulações da Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) que deverá investigar supostos crimes de pistolagem contra os deputados estaduais Eduardo Holanda (PSD) e Maurício Tavares (PTB) e discutir a violência no estado de Alagoas.
A primeira reunião da CPI da Pistolagem, prevista para acontecer na manhã desta quinta-feira, dia 3, foi marcada pelo pronunciamento do deputado JHC informando que os deputados Luis Dantas (PMDB) e Marcelo Victor (PTB) desistiram de integrar a comissão e que sem o número mínimo de parlamentares os trabalhos não poderiam ser iniciados.
“Para que haja o início dos trabalhos é necessário que o presidente da Mesa convoque mais dois nomes, pois os suplentes não podem assumir cargos na comissão. Mas para isso vou provocar a Mesa Diretora para que ela se manifeste”, enfatizou, destacando que atualmente apenas ele (JHC), Nelito Gomes de Barros (PSDB) e Eduardo Holanda (PSD) integram a comissão.
Mas, de acordo com JHC, há uma articulação, interna, encabeçada pela Mesa Diretora temendo os impactos que serão causados pela CPI. “A Mesa Diretora vem se comportando de forma estranha contra a iniciação dos trabalhos, tendo em vista que no primeiro momento todos foram simpáticos à criação e no andar das tarefas há um desinteresse de muitos”, destacou.
Ainda de acordo com ele, um dos motivos usados pela oposição é que a ALE não tem credibilidade para investigar os crimes de mando envolvendo os parlamentares, segundo ele, usando esta linha de raciocínio é “melhor passar uma régua e fechar a Assembleia ao invés de tentar resgatar a credibilidade da casa”, salientou.
Dudu Holanda
JHC ainda destacou que já se posicionou contra a participação do deputado Eduardo Holanda na comissão. Segundo ele, Holanda tem participação direta no caso e “como vítima não seria imparcial nos trabalhos da comissão”, declarou, enfatizando que será necessário uma primeira reunião da CPI para discutir a participação do parlamentar.
