Julliany Machado reassume Traipu em situação caótica

AscomCerimônia de posse da prefeita Jullianny Machado

Cerimônia de posse da prefeita Jullianny Machado

A prefeita do município de Traipu, Julliany Machado (PTB), que tomou posse nessa quinta-feira (10), vai solicitar ao Tribunal de Contas do Estado de Alagoas a realização de uma auditoria nas contas do município distante 180 km de Maceió, como primeira medida jurídica a ser tomada pela equipe de advogados da nova administração municipal. Isso porque Julliany e sua equipe se depararam com situação que beira o caos, pois, nenhuma documentação relativa à gestão da ex-prefeita Conceição Tavares (DEM) foi encontrada.

Com isso, a hoje vereadora desrespeitou o processo de transição, ainda inconformada com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconduziu Julliany ao cargo. Como se não bastasse, Conceição Tavares também não entregou as chaves da Prefeitura. A cena se repetiu em outros prédios públicos, como os que abrigam as secretarias de Educação e Saúde, onde a equipe de Julliany Machado teve de providenciar um chaveiro para ter acesso aos mesmos.

“Entreguei a Prefeitura à vereadora Conceição Tavares com oito milhões de reais em caixa, pagando o funcionalismo público rigorosamente em dia e dentro do mês trabalhado, tendo executado vários serviços em prol do povo de Traipu. Mas o que se vê agora é uma verdadeira devassa em áreas essenciais, como Saúde e Educação, além do que a cidade está tomada pelo lixo. Por isso, tivemos de iniciar uma verdadeira faxina”, comentou a prefeita, em meio à nova
demonstração de apoio, no centro da cidade, protagonizada pela população de Traipu.

Ainda de acordo com Julliany Machado, todas as medidas já estão sendo tomadas no sentido de se garantir uma administração séria e transparente. “Estamos de mãos atadas porque Traipu foi vítima de um ato de vandalismo. Até materiais de construção foram retirados de uma obra na cidade. O município está engessado, mas vamos trabalhar forte, dentro da legalidade, para recolocar Traipu no caminho do desenvolvimento”, reforçou a prefeita, acrescentando já ter arquivado, em fotos e vídeos, todas as irregularidades encontradas desde o seu retorno à Prefeitura.

“Levar consigo os documentos que retratam a realidade contábil do município foi um ato de selvageria, um desrespeito à população. Além disso, Traipu está no CAUC [espécie de SPC dos municípios], motivo pelo qual não pode receber verbas federais. A vereadora precisa
apresentar a prestação de contas da Prefeitura”, emendou Julliany Machado, que já exonerou todos os servidores que comandavam as secretarias municipais – medida que não foi adotada quanto àqueles que ocupam outros cargos em comissão.

“Não promovemos mudanças com relação aos demais apenas para preservar o município, já tão prejudicado com este momento de instabilidade. E Traipu precisa recuperar o tempo perdido nos últimos três meses”, esclareceu a prefeita, destacando ainda que, em virtude da
ausência de processos referentes à gestão anterior, pagamentos e contratos tiveram a eficácia suspensa.

“Por isso, solicitamos ao Tribunal de Contas que realize uma auditoria, paralelamente ao procedimento que faremos internamente”, ressaltou a prefeita Julliany Machado, cuja equipe flagrou servidores recolhendo pastas contendo documentos da Prefeitura e de outros órgãos
da administração municipal, como se estivessem a cumprir ordens da vereadora Conceição Tavares.

Denúncias

Quanto às denúncias de que teria praticado atos de improbidade administrativa quando esteve à frente da Prefeitura de Traipu [de setembro de 2011 a fevereiro deste ano], Julliany Machado revela ter tomado conhecimento da suposta ação da promotora Karla Padilha
somente por meio da imprensa, não tendo sido notificada oficialmente.

“Os fatos relatados por um veículo de comunicação local são inverídicos. Mas me coloco à disposição da Justiça do meu Estado, em quem confio piamente, para quaisquer esclarecimentos”.

Fonte: Ascom

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