Paralisação de 24 horas dá início a construção de greve

Assessoria SindjusAssessoria Sindjus

Os servidores do Judiciário Federal participaram dos atos públicos na greve de 24 horas, ocorrida nesta quarta-feira (30), pela revisão do Plano de Cargos e Salários (PCS) da categoria.

Os servidores do Tribunal Regional do Trabalho mostraram unidade, participando expressivamente da mobilização. A greve marcou a retomada da luta pela revisão do PCS que se iniciou desde 2009.

Os atos públicos foram realizados em frente ao prédio das Varas Trabalhistas e em frente ao Tribunal Regional Eleitoral, contando com a presença dos servidores do TRE, TRT e Justiça Federal.

No protesto, o coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão, também ressaltou a mobilização dos servidores públicos federais pela recomposição das perdas salariais e por política salarial permanente, entre outros itens da pauta de reivindicações, definidas pelo Fórum das Entidades dos Servidores Públicos. “Mesmo com a mobilização, o governo não sinalizou com nenhum dos itens da pauta. Baixou apenas uma Medida Provisória enganosa que não atende as reivindicações”.

Os servidores do Judiciário Federal vão participar da Marcha a Brasília, que acontecerá no dia 5 de junho contra o arrocho salarial. A atividade nacional também faz parte do calendário de lutas , aprovado na última reunião ampliada da Fenajufe, que prevê a deflagração de greve unificada por tempo indeterminado a partir do dia 13 de junho.

Paulo Falcão ressaltou que a negociação entre o presidente do STF, Aires Brito, junto ao Congresso Nacional e a presidente Dilma Rousseff é importante, mas não é suficiente. “Todos os PCSs foram aprovados através das lutas históricas deflagradas pelos servidores”, lembrou. O sindicalista também convocou a categoria para participar da Marcha das Vadias em Maceió, no dia 17 de junho.

O presidente da Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais, Arilson Guimarães, parabenizou os servidores presentes à greve, destacando que a categoria estava dando um excelente exemplo de luta. Ele também ressaltou o perigo que os oficiais de justiça sofrem para exercer a função e informou sua tristeza bem como de toda a categoria com o assassinato do oficial de Justiça Daniel Cunha em Minas Gerais.

No protesto, o servidor do TRE Thiago Lima revelou que a mobilização é a única alternativa para a categoria. “É preciso mobilizar e reivindicar para que a negociação seja forçada. A movimentação que está acontecendo é fruto dessa luta. Se continuarmos, vamos conquistar o PCS”, disse.

As servidoras do TRT Silvana Pontes e Tânia Nadia também foram de acordo com Lima e disseram que a luta vai continuar. “Vamos conquistar esse plano com nossa luta”.

Dando exemplo de luta, aposentada do TRE Nadja Bezerra disse que não é porque ela está fora do quadro de ativos que irá abandonar a luta. “A luta contra a defasagem salarial continua. Se os colegas não abrirem os olhos, poderão perder mais direitos”, alertou.

O servidor do TRE José Valteno foi mais incisivo, ressaltando que o dinheiro para revisão salarial dos servidores está sendo reservado para os banqueiros.

De acordo com o coordenador Jurídico do Sindjus/AL, João Carlos, os servidores precisam vencer a letargia do governo federal. “Temos que conscientizar os colegas para que eles venham para a luta. Só através da greve e da luta que iremos conquistar esse Plano”.

O coordenador Geral do Sindjus/AL, Marcus Robson, disse que a mobilização de rua pela aprovação do PCS aconteceu desde 2009, quando os servidores exigiram do então presidente do STF, Gilmar Mendes, que o PCS fosse encaminhado ao Congresso Nacional. “A luta não é apenas pela aprovação do Plano, mas é para mostrar aos poderes que categoria queremos ser… Com o fim das metas impostas, com o respeito aos direitos dos servidores e o fim dos assédios moral e sexual”.

O sindicalista destacou que os servidores devem reforçar a mobilização nos locais de trabalho. “Não existe outra maneira. A única alternativa é a luta”

Fonte: Sindjus

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