Caso Tércio: acusado de participação aponta amigo como autor dos disparos

Priscylla Régia/Alagoas24HorasPriscylla Régia/Alagoas24Horas

Henrique Araújo Correia da Silva, o Xarope, um dos acusados de participação na morte de Tércio Delano de Almeida, alegou inocência e apontou o amigo Gregori Santos de Aquino com sendo o autor dos disparos que mataram o estudante Tércio Delano de Almeida Brandão, de 20 anos de idade, executado a tiros no Conjunto Rui Palmeira, bairro da Serraria, em Maceió, em agosto de 2009.

Na tarde de quinta-feira, 6, o juiz Maurício Brêda ouviu testemunhas do caso e os acusados do crime. O primeiro a ser ouvido foi Henrique Araújo, que contou que Gregori – acusado de ter desferido os tiros contra a vítima – o chamou para sair após ter se envolvido em uma briga no posto de combustível, na Via Expressa e que não sabia que o amigo iria tentar se vingar de supostos agressores.

"Eu estava dentro da conveniência do posto quando houve a confusão. Não vi como aconteceu, mas quando sai soube que Gregori tinha apanhado. Depois, ele me chamou para ir embora. No Corsa Sedan branco, estavam Gregori e Jonathan Dickson da Silva, que conduzia o veículo. Eu achava que íamos para um bar ou para casa. Mas, ao chegar no Conjunto Rui Palmeira, ele avistou um rapaz e pediu para parar o veículo. Em seguida, os dois discutiram e Gregori atirou nele", contou Henrique Araújo.

Xarope também diz que não estava com os amigos quando eles foram à casa de Gregori buscar a arma do crime. "Eles tinham saído e quando voltaram me chamaram para ir embora. Foi quando entrei no carro", disse.

O acusado afirma ainda que não procurou à polícia para denunciar o caso por medo, mas diz que não foi ameaçado por Gregori e Jonathan. Já em depoimento a Polícia Civil, Xarope relatou que Gregori o teria ameaçado ainda no local do crime, dizendo que o mataria se saísse do carro. Além disso, também teria sido intimidado por telefone.

Durante o julgamento, o ex-policial militar Bruno Salustiano também foi ouvido, mas na qualidade de testemunha. Salustiano – preso por roubo e formação de quadrilha – seria amigo de Gregori e de seu irmão George Aquino, que supostamente estaria no posto de combustível no dia do crime.

Em vários momentos, o ex-policial se contradisse durante o depoimento. Ele chegou a dizer que o delegado Robervaldo Davino, responsável pelas investigações, teria o coagido durante suas declarações à policia. Minutos depois, retificou a acusação. “Ele ligou dizendo que eu tinha que comparecer à delegacia para depor, pois tinha informações que eu participei do crime. Então me apresentei. Lá, ele usou de ameaça psicológica para fazer com que eu falasse o que sabia. Assim, eu disse que George teria entrado em contato e disse que Gregori atirou na vítima”, relatou Bruno.

Antes da sentença, o juiz Maurício Breda ainda ouviu Jonathan Dickson e Gregori Aquino no decorrer da noite.

Decisão

Gregori Santos de Aquino e Jonathan Dickson da Silva foram condenados a 15 anos de reclusão pela morte do estudante Tércio Delano.

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