Israel acusa Síria de genocídio e pede intervenção internacional

País elevou o tom das críticas ao contestado regime de Bashar al Assad. Premiê acusou Irã e Hezbollah de ajudar no massacre a civis sírios.

Israelenses choram durante enterro de soldado de 22 anos morto em ataque, em cemitério militar de Jerusalém, nesta sexta (19)
Israelenses choram durante enterro de soldado de 22 anos morto em ataque, em cemitério militar de Jerusalém, nesta sexta (19)

O vice-primeiro-ministro de Israel, Shaul Mofaz, acusou neste domingo (10) a Síria de ter cometido genocídio durante a repressão ao levante que já dura 15 meses e fez o mais explícito apelo de Israel até agora por uma ação militar contra o vizinho árabe.

Mofaz instou as potências mundiais a derrubarem o presidente sírio, Bashar al Assad, do mesmo modo como foi feito na campanha apoiada por países ocidentais na Líbia, que depôs o ditador líbio Muammar Kadhafi.

Em um comentário separado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o governo sírio está massacrando civis com o apoio do Irã e do Hezbollah, arqui-inimigos de Israel. "O mundo deveria compreender o tipo de ambiente em que vivemos", disse ele ao gabinete de governo, em declarações depois divulgadas pela mídia local.

Até recentemente Israel vinha demorando para pedir a derrubada de Assad, temendo agravar as turbulências na Síria. Os dois países são inimigos, mas nas últimas décadas estão imersos num impasse estável. No entanto, a mídia israelense divulga a cada hora informações sobre a morte de civis na Síria, a indignação da população israelense cresce e as autoridades do país ampliaram suas críticas.

Nas últimas semanas, ministros israelenses pediram duras ações contra a Síria, sem entrar em detalhes. Altas autoridades, falando sob anonimato, confirmam que uma eventual ação poderia ser uma intervenção estrangeira.

Fonte: Da Reuters

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos