Servidores da Perícia Oficial manifestam intenção de greve

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Peritos criminais, médicos-legistas, odontolegistas, auxiliares de necropsia participaram de uma assembleia na noite dessa quarta-feira (13), na sede do CCBI, no bairro do Prado, para discutir a realidade dos Institutos de Criminalística (IC), de Identificação (II) e Mèdico Legal (IML). Os servidores cogitam uma paralisação de advertência para pressionar o Governo do Estado pelo não cumprimento de promessas referentes à melhoria salarial, bem como estrutural das unidades.

Para os servidores do IC, II e IML há um descaso imenso do Governo com a perícia. Todos que compõem o quadro da Perícia Oficial estão há seis anos sem aumento e os investimentos no órgão são feitos apenas pelo Governo Federal que tem mandado equipamentos. Porém, para eles, isso não é o suficiente. É necessário que se sintam valorizados.

No início do governo Teotonio Vilela (PSDB) a faixa e vencimentos era de 10 salários mínimos para os peritos e hoje corresponde a cinco, ficando abaixo da faixa salarial do Nordeste. A média salarial inicial de um perito em Alagoas é de R$ de R$3.472,58 + R$186,60 de insalubridade ( 30% do salário mínimo e não do salário do servidor) que é R$3.659,18, enquanto a média nacional que é R$ 7.200,00.

“Sempre fomos saco de pancada desse governo. Desde o primeiro dia que negociamos, não aguentamos mais. Se promessa fosse dinheiro já estávamos ricos”, afirma o perito José Cavalcante.

Os médicos legistas também se uniram aos peritos e se posicionaram quanto ao indicativo de paralisação. Eles querem melhores condições de trabalho e também questionam a defasagem nos salários. “Não somos qualquer área. Somos muito importantes para a sociedade, mas o governo não quer entender isso e não passa confiança para a categoria. Até quando vamos ficar assim?”, argumenta o medico Fernando Marcelo.

O governador Teotonio Vilela prometeu uma isonomia nacional aos servidores, mas até gora não apresentou nada de concreto. Um prazo para incremento salarial foi garantido até o dia 02 passado, porém os servidores mais uma vez se decepcionaram.

“Tudo o que foi pedido até hoje foi negado e a conversa é a mesma, a Lei de Responsabilidade Fiscal . Como podemos esperar que a partir de agora aconteça realmente algo? O governo tem nos colocado no bolso”, ressalta o auxiliar de necropsia Eduardo Bittencourt.

Na reunião já foi elencado o que será pauta junto ao Governo do Estado, inclusive a retomada de luta pela saída do diretor da Perícia Oficial.
“Um ano se passou e não modificou nada. Temos de nos dar ao respeito. Podemos perder tudo, menos a dignidade e não podemos engolir um coronel como diretor da Perícia Oficial”, enfatiza a perita Sueli.

Fonte: Dulce Melo/Assessoria

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