Fim da parceria: Almeida ataca Vilela em entrevista à Rádio Gazeta
O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (ainda no PP), usou uma entrevista à Rádio Gazeta, na manhã desta quinta-feira, 21, para atacar o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Embora afirme que participará do processo apenas como eleitor, Almeida não poupou críticas ao Governo do Estado e disse que “se tivesse tido coragem de concorrer com esse governador, eu estaria trancado do palácio, cercado de segurança, mas já teria resolvido o problema da violência nesse estado”. E complementou, ‘combater a violência é fácil, todo mundo sabe onde são as áreas críticas, está na hora de agir com mão de ferro, porque prender rafamé é fácil’.
Almeida deixou clara a conotação política da sua entrevista quando ‘defendeu’ a pessoa de Vilela, mas questionou o compromisso e a parceria do seu governo. “A pessoa do Teotonio é de bem, mas há meia dúzia de covardes que trabalham dentro do governo dele para me denegrir e prejudicar e se eu tiver oportunidade de falar no guia eleitoral irei apontá-los. Nessa eleição todo mundo vai querer bater no Cícero Almeida, mas eu quero avisar que quem tentou isso quebrou a cara e está fora da política”, prometeu.
O prefeito ainda classificou o Hospital Geral do Estado (HGE) como cemitério clandestino. Segundo o chefe do executivo municipal, quem entra lá (HGE) não sabe se sai. Almeida alegou, ainda, que o Estado lhe deve mais de R$ 15 milhões em repasses, desde fevereiro de 2011, que seriam destinados à saúde do município.
Questionado sobre o apoio à Vilela durante a campanha para reeleição, o prefeito disse que naquele momento achava que ele (governador) seria um grande parceiro da Prefeitura, o que não se concretizou. E voltou a politizar o discurso, ‘vão bater no Cícero Almeida, tem um monte de laranja pronto para bater em mim, essa é a contrapartida do apoio que dei’.
Almeida só ‘concordou’ com Vilela quando atacou os ‘colegas’ de imprensa. Segundo ele, alguns veículos só sabem ver as coisas ruins. O prefeito fez um balanço das realizações da sua administração e encerrou acusando o governo de impedir o andamento das obras do Vale do Reginaldo.
