Santa Mônica: Devido à superlotação, mulher dá à luz em banheiro

Alagoas24Horas/ArquivoMaternidade Santa Mônica volta a registrar superlotação

Maternidade Santa Mônica volta a registrar superlotação

A Maternidade Escola Santa Mônica registra, mais uma vez, superlotação. A diretora-geral da unidade maternal, especializada em atendimento de gestantes de alto risco, Rita Lessa, disse que protocolou na última quarta, 20, documento nas secretarias municipais e estaduais de Saúde, Ministério Público e Uncisal para denunciar a situação da maternidade. Um bebê chegou a nascer no banheiro da maternidade nesta quarta-feira.

“Estamos com pacientes muito acima da nossa capacidade. Estamos tentando com a Maternidade Santo Antônio a transferência de seis parturientes, além da de seis mulheres que realizaram procedimento de curetagem, mas a unidade de saúde só aceita essas pacientes com a cessão do medicamento Protokos. Não queremos apontar responsabilidades, mas não temos podido contar com outras unidades maternais como Paulo Neto (que está fechada), São Raphael, Nossa Senhora de Fátima e Alerta Médico. Apenas com Santo Antonio e Nossa Senhora da Guia”, explicou a gestora.

Na prática, a superlotação compromete o atendimento das pacientes de baixo risco que chegam à unidade, uma vez que a prioridade são as de alto risco. No caso da mulher que teve o bebê no banheiro, a gestante já tinha peregrinado por várias maternidades da capital e como não foi aceita em nenhuma, aguardava leito na Santa Mônica, mas não houve tempo e ela pariu dentro do banheiro.

A diretora informou, ainda, que deverá solicitar a presença da Polícia Militar na unidade de saúde, uma vez que os funcionários têm sofrido ameaças constantes por parte de familiares das gestantes. “Temos apenas funcionários que garantem a segurança patrimonial, mas temos registrado ameaças e até a invasão de um traficante com crise de abstinência, que entrou na unidade em busca de drogas".

A reportagem do Alagoas24Horas esteve na Santa Mônica e pode constatar a superlotação. Há pacientes nos corredores, pré-parto e até no pós-parto, onde as mães são autorizadas a ficar com acompanhantes, a medida foi suspensa por falta de espaço.
Na sala de espera, mulheres grávidas oriundas de vários locais, inclusive interior do Estado, tentam passar pela triagem.

Errata

Ontem, o Alagoas24horas se equivocou ao informar que as pacientes haviam sido transferidas para a Maternidade Paulo. Na verdade, a diretora Rita Lessa enviou um ofício ao Cora, que regula os leitos no estado, solicitando a reabertura da unidade de saúde.

Quanto à mulher que teve o bebê no banheiro, a assessoria de comunicação da maternidade garantiu que a paciente já havia sido internada, mas não fez uma leitura correta das contrações.

Atualizada às 8h35.

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