Direção de IML anuncia aluguel de câmara frigorífica

Sem evolução nas negociações, esta foi a única medida anunciada após reunião com o Governo.

Sionelly Leite/Alagoas24horas/ArquivoEnquanto isso, familiares continuam em vigília na porta do IML aguardando a liberação dos corpos de seu entes

Enquanto isso, familiares continuam em vigília na porta do IML aguardando a liberação dos corpos de seu entes

Procurado pelo Alagoas24horas, o recém-empossado diretor do Instituto de Identificação de Maceió, Luiz Antônio Mansur, confirmou na manhã deste sábado, dia 23, o resultado da reunião com órgãos do governo realizada ontem e que tinha como objetivo definir o impasse da greve dos médicos legistas. Segundo Mansur, apesar dos esforços, a reunião não resultou em evolução no tocante à paralisação da categoria e a única providência tomada foi a aprovação do aluguel de uma câmara de frigorífico para a conservação dos corpos que derem entrada no Instituto.

“Durante a reunião eu sugeri ao Governo a melhoria dos salários da categoria e deixei claro que o serviço é imprescindível, contudo a decisão não cabe a mim. O que ficou definido foi o aluguel de uma câmara de frigorífico do tamanho de um contêiner. Não sei informar o número exato de quantos corpos cabem, mas posso garantir que é grande e caberão muitos”, relatou o diretor.

Quanto ao prazo para a chegada da câmara de frigorífico, Mansur informou que “já deveria ter chegado”.

Enquanto isso, familiares continuam em vigília na porta do IML aguardando a liberação dos corpos de seu entes. Na noite de ontem, um grupo realizou protesto e fechou a Avenida Siqueira Campos pedindo a liberação dos corpos. Os familiares pedem para que pelo menos 30% dos legistas voltem ao trabalho.

Corpos

Sobre os corpos expostos no quintal do Instituto e divulgado no portal Emergência 190 na última quinta-feira, dia 21, Mansur explicou que se tratavam de corpos não identificados e que tinham extrapolado o prazo máximo permitido para o IML guardar os corpos e que, por essa razão, estavam sendo descongelados para serem enterrados em seguida. “Aquele procedimento é normal. Os corpos precisavam ser descongelados e depois enterrados. Eram corpos de pessoas não identificadas e que estavam no IML pelo temo máximo. Em alguns casos o prazo havia extrapolado em dez dias o tempo máximo permitido, por isso autorizei o enterro,” explicou Mansur que confirmou que a superlotação nas geladeiras do necrotério (com a greve dos legistas) também teria contribuído para sua decisão.

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