Anticorintianos apostam em Riquelme para nova festa em São Paulo

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Doze anos depois de calar o Morumbi ele segue sendo o cara para a torcida do Boca. Juan Román Riquelme, aos 34 anos, chega ao Pacaembu nesta quarta-feira com a missão de comandar o Boca Juniors em mais uma final de Libertadores da América, esta contra o Corinthians, que busca o título inédito.

Em 2000, um jovem Riquelme foi o grande destaque da finalíssima contra o Palmeiras. E, depois de empates em Buenos Aires e São Paulo, também cobrou um dos pênaltis que garantiram mais uma taça continental para o Boca Juniors."Román não é o mesmo, mas é a nossa esperança, nosso maior jogador", comentou Fernando Ledesma, torcedor do Boca que desembarcou no aeroporto de Guarulhos na manhã desta terça-feira, horas antes da delegação do clube chegar no mesmo saguão e optar por não passar pela torcida – jogadores e comissão técnica seguiram diretamente da pista, de ônibus, para o hotel onde estão concentrados – o time treina às 19h desta terça no Pacaembu.

Outro fã xeneize também lembra bem do que Riquelme fez em 2000 e 2007, contra Palmeiras e Grêmio, nas duas Libertadores que o atual camisa 10 do Boca venceu em solo brasileiro.

"Foi muito lindo, muito grande. No começo diziam que era difícil jogar no Brasil, mas a mística copeira do Boca vale muito. Hoje o Riquelme não é o mesmo de 2000, quando era um menino e um dos melhores do mundo, mas ainda tem qualidade para fazer um gol ou dar um belo passe", disse José Polanco, argentino que agora vive em São Paulo.

‘Cuántas copas tienes?’
Em Guarulhos, os argentinos vestidos com camisas do Boca foram se juntando aos brasileiros integrantes da filial paulista da torcida La Doce, a principal organizada do clube. Além deles, simpatizantes são-paulinos e palmeirenses, na maioria funcionários do próprio aeroporto, também apoiaram os cantos em referência ao clube argentino, que busca o sétimo título da Libertadores na história. Um dos brasileiros mora na Zona Norte de São Paulo e garante não ter outro time. Wiadley Pimentel conta, enquanto mostra a carteirinha de filiado à torcida, que uma das condições do estatuto é não seguir mais que um clube.

"Sou torcedor do Boca. Sempre acompanhei o futebol argentino, a Libertadores, e não tenho time no Brasil. A gente se reúne para ver jogos do Boca e é o time que eu sigo mesmo".

À medida que começavam a chegar os primeiros passageiros do voo que trouxe a delegação argentina, os torcedores se concentraram no corredor de desembarque e passaram a ter a concorrência da maior torcida da cidade. Corintianos que passavam pelo local começaram a cantar as tradicionais músicas ouvidas nos jogos do clube.

"Vieram tirar foto do Riquelme? Quantas Copas vocês têm?", provocava um argentino, logo repreendido com gritos de "aqui é Corinthians!". A multidão já era tamanha que fez com que a delegação não tivesse contato com torcedores. Apenas argentinos que vieram no mesmo avião dos atletas acabaram passando pelo portão de desembarque, seguindo depois, juntos, para um ônibus.

"A viagem foi tranquila, ótima, e agora é desfrutar desse momento que pode ser histórico. Mais uma Copa vencida no Brasil", comentou um torcedor, já da janela do ônibus, antes de fazer com as mãos o placar que espera para a partida desta quarta-feira à noite no Pacaembu: "2 a 0, um de Román e um de Santiago Silva".

Fonte: ESPN

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