O corpo encontrado em um bananal no município de Porto Calvo foi identificado como sendo do trabalhador rural Edvaldo Rodrigues Ferreira.
Esta semana, os familiares da vítima estiveram no Instituto Médico Legal e realizaram o reconhecimento do corpo. Eles alegam que o corpo é de Edvaldo foi encontrado com a mesma roupa que a vítima vestia quando desapareceu em 30 de junho deste ano.
Contudo, a Polícia Civil ainda tem dúvidas quanto à identidade da vítima, já que, as informações de familiares divergem com os dados apurados pela Perícia Criminal.
Durante o reconhecimento do corpo, familiares contaram que o trabalhador possuía dentes. Já a Perícia informou que o corpo examinado não possui arcada dentária.
Com isso, o delegado responsável pelo caso, Antônio Nunes Cabral, da Divisão Especial de Investigações e Capturas da Polícia Civil (Deic), pediu um exame de DNA para confirmar as informações.
A indefinição tem aumentado a angustia dos familiares e amigos da vítima. O desaparecimento foi denunciado ao Delegado Geral da Policia Civil no início de julho pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Para a CPT, a morte do agricultor pode está ligada a conflitos agrários. O Padre Alex Cauchi, da CPT, acredita que estes conflitos são gerados pela não realização da Reforma Agrária.
Nesta terça-feira, 31, a Comissão Pastoral da Terra encaminhou ofícios ao Comitê de Conflitos Agrários do Estado de Alagoas, ao Governador e à Ouvidoria Agrária Nacional, exigindo das autoridades providências para investigar este caso e solucionar os conflitos agrários no estado.
As lideranças solicitaram ainda uma audiência com o Delegado Geral da Policia Civil e o secretario da Defesa Social, Dário César, mas até o momento não houve reação do Governo.
O Coordenador Regional da CPT, Carlos Lima, espera que o inquérito seja concluído o mais rápido possível, que os culpados sejam punidos e a Fazenda Porto Seguro seja desapropriada.
